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Banca de DEFESA: JOSE NOGUEIRA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSE NOGUEIRA DA SILVA
DATA : 11/11/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual Google Meet
TÍTULO:

AS AFRICANIDADES NO REPENTE: RELEITURAS DO FOLCLORE


PALAVRAS-CHAVES:

Africanidade. Cantoria de Repente. Folclore. Pan-Africanismo.

 


PÁGINAS: 223
RESUMO:

A presente pesquisa apresentou como tese o fato da cantoria de repente, tradicionalmente praticada no Nordeste do Brasil, ser uma manifestação afrodescendente. Para tal, foi necessário analisar os primeiros registros acerca dos repentistas, em estudos publicados por folcloristas, e fazer uma análise documental de caráter interdisciplinar. Para isso, pretendeu-se destacar o estado da arte nas pesquisas acerca do surgimento do repente no Nordeste brasileiro. Sendo o objetivo geral desta pesquisa: analisar as africanidades no repente através dos estudos folclóricos que possuem os primeiros repentistas registrados, essa análise será feita por um viés pan-africano e interdisciplinar, pera então podermos compreender a poesia improvisada ao som de instrumentos, conhecida como repente, e classificada como gênero oral. Como objetivos específicos neste trabalho, buscou-se: traçar um embasamento, por um viés histórico, acerca da oralidade poética na Península Ibérica e descendência africana em sua cultura, construir um panorama do Pan-Africanismo como um olhar de enfrentamento ao eurocentrismo e busca por uma unidade do povo negro em sua diversidade, examinar a presença da cultura oral nos povos afrodescendentes no Brasil e suas relações culturais com o repente. A análise dos documentos se trata de uma análise documental de caráter interdisciplinar de um discurso que passa pela escrita e, portanto, pela voz de outrem. A investigação possibilitou compreender como a eugenia implantada em nossa educação pública contribuiu para uma geração de intelectuais que ignoraram as afrodescendências em nossa cultura, além de resgatar a presença das africanidades nessa cultura, uma vez que inexiste uma pesquisa científica acerca de sua eurodescendência, apesar dessa afirmação ser presente entre os folcloristas como Rodrigues de Carvalho (1928), Leonardo Mota (1955) e Câmara Cascudo (1984), autores das obras que serão analisadas. A chegada dos negros como os primeiros desbravadores dos sertões de Pernambuco e Paraíba, região na qual os primeiros cantadores foram registrados, além das diversas semelhanças entre essa cultura e a dos griots estudados por Hampaté Bâ (2010), a ligação com o processo diaspórico estudado por Anjos (2010), tornam a presente tese, de que o repente é afrodescendente, a possibilidade mais provável. Com isso, a pesquisa contribui para que o povo negro conheça mais sua história e desconstrua o estereótipo no qual são vistos apenas como escravizados, algo que vem sendo alimentado através de instituições públicas e privadas, inclusive pelas escolas e materiais escolares. Além de ajudar a cumprir a lei 10.639/03 e a construir um discurso não eurocêntrico e uma sociedade mais tolerante e conhecedora de sua história também afrodescendente.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2546184 - ADRIANA CAVALCANTI DOS SANTOS
Interna - 2346585 - YANA LISS SOARES GOMES
Externa ao Programa - 3337884 - LIGIA DOS SANTOS FERREIRA
Externo à Instituição - HENRIQUE ANTUNES CUNHA JUNIOR - UFC
Externo à Instituição - REGINALDO FERREIRA DOMINGOS
Notícia cadastrada em: 27/09/2021 10:06
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