PROCESSO EDUCATIVO EM SALA DE AULA COMUM DE ESTUDANTES COM SÍNDROME DE DOWN NA PANDEMIA DA COVID-19: significações de professores, familiares e os próprios estudantes
Sala de aula comum - pandemia COVID-19 - Síndrome de Down
Este trabalho visou apreender as significações dos diferentes envolvidos (professores, famílias e estudantes) sobre o processo educativo dos estudantes com Síndrome de Down conduzido na sala de comum em escolas da cidade Maceió/Brasil e Bucaramanga/Colômbia, durante a pandemia da COVID-19. Como objetivos específicos foram delimitados: a) analisar os sentidos e os significados da Educação Inclusiva de estudantes com Síndrome de Down para os professores(as) e famílias de Brasil e da Colômbia; b) e, compreender as mediações que permeiam o processo educativo de estudantes com SD na sala de aula comum. A pesquisa orientou-se teórica e metodologicamente pela Psicologia Sócio-Histórica (PSH) a partir das produções de Vigotski sobre a Defectologia, e tendo como base o Materialismo Histórico-Dialético (MHD). Participaram da pesquisa duas professoras (uma regente da sala de aula comum e uma do AEE), um estudante com SD, e a sua mãe, todos da cidade de Maceió. Além disso, duas professoras (regentes da sala de aula comum), um estudante com SD, a mãe e o pai do estudante, todos da cidade Bucaramanga. Para a produção dos dados, utilizamos a entrevista semiestruturada e o procedimento de Desenhos-Estórias (TRINCA, 2013), desenvolvidos na sua totalidade em ambiente virtual. Para a análise dos dados, utilizamos os Núcleos de Significação (AGUIAR; OZELLA, 2013; 2015; 2021). Os dados, ainda em processo de análise, mostram no primeiro Núcleo de Significação, a particularidade presente tanto nas participantes do Brasil quanto da Colômbia, de aspectos materiais na sala de aula comum com os estudantes com SD, em que a pandemia se configura como um elemento de mediação. Dentro desses aspectos materiais, vivencia-se um retrocesso em direção ao paradigma da integração educacional, com presença da hegemonia de aspectos da escola tradicional, a falta de formação dos professores que orientam a sua intervenção pelo capacitismo e pelo modelo biológico da deficiência. Também foi evidenciado as condições precárias de trabalho para estes profissionais.