PRÁTICAS MEDICALIZANTES E PATOLOGIZANTES EM EDUCAÇÃO: as invenções das doenças-do-não-aprender e das doenças-do-não-se-comportar
Medicalização, infância, Psiquiatria clássica.
Compreendemos que a medicação é um dispositivo tecnológico do âmbito médico capaz no imaginário social de intervir e resolver qualquer demanda mesmo que da ordem subjetiva do humano. Assim, tomamos o conceito de medicalização como uma forma contemporânea de governamentalidade e biopoder pronta para atender a uma política de controle político dos corpos e da vida. No campo da educação, há invenções patológicas, o que nomeamos como as doenças-do-não-aprender e as doenças-do-não-se-comportar que emergem do campo médico-farmacêutico e produzem diagnósticos, prescrições e ingestão desnecessária de fármacos na infância. Essas práticas medicalizantes e patologizantes pautam-se nos interesses econômicos dos lobbies da indústria farmacêutica e transforma situações da vida cotidiana em doenças que não existem. A partir desses fatos objetivamos com estudo a partir de uma pesquisa qualitativa investigar as concepções dos professores e das professoras das séries inicias a respeito do fenômeno da medicalização do fracasso escolar.