PPGE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO CENTRO DE EDUCACAO Telefone/Ramal: Não informado https://sigaa.sig.ufal.br/seleção

Banca de DEFESA: SUZY KAMYLLA DE OLIVEIRA MENEZES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SUZY KAMYLLA DE OLIVEIRA MENEZES
DATA : 28/11/2022
HORA: 08:30
LOCAL: meet
TÍTULO:

SIGNIFICAÇÕES E VIVÊNCIAS SOBRE SAÚDE MENTAL DE MULHERES ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO SUPERIOR EM TEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Saúde Mental; Educação; Psicologia materialista dialética; Mulheres; COVID-19.


PÁGINAS: 475
RESUMO:

Esta pesquisa aborda a saúde mental e Educação Superior no período da pandemia. O objetivo geral é compreender as significações e as vivências sobre saúde mental de mulheres estudantes de graduação da UFAL em tempos de pandemia pela COVID-19. Para executá-lo, foram delimitados os seguintes objetivos específicos: apreender as significações sobre saúde mental de mulheres estudantes de graduação durante a pandemia; compreender as vivências sobre saúde mental de mulheres estudantes de graduação durante a pandemia; identificar as demandas estudantis referentes à saúde mental na pandemia através do serviço de atendimento psicológico da PROEST - UFAL. Estabeleceu-se um recorte de gênero para compreender o contexto da pandemia para mulheres estudantes. São participantes desta pesquisa 10 mulheres estudantes de graduação da UFAL e 5 profissionais de Psicologia da Pró-Reitoria Estudantil (PROEST) da UFAL. Esta pesquisa é qualitativa e foi construída a partir dos pressupostos teóricos do Materialismo Histórico-Dialético (MHD) e da Psicologia de base materialista dialética.No movimento para compreensão do fenômeno foram utilizadas as categorias: Totalidade, Historicidade, Mediação, Sentido, Significado e Vivência. Ainda, foram importantes as articulações com a categoria de Gênero, tendo-se em vista o recorte de participantes desta pesquisa. Foi realizada revisão da literatura para compreensão dos pressupostos teóricos e categorias que guiam esta pesquisa e também sobre saúde mental, em um contexto amplo e no contexto universitário. Com base em uma concepção dialética da realidade, considera-se um movimento em espiral para dialogar com o conhecimento que já foi produzido e sobre o conhecimento que se constrói a partir do movimento realizado nesta pesquisa. Para a produção dos dados foram utilizados como instrumentos: questionário, entrevista e fotografia. Todos os instrumentos foram aplicados de modo online. Para a análise e interpretação dos dados foi utilizado o recurso teórico-metodológico dos núcleos de significação em articulação com as categorias do MHD e da Psicologia de base materialista dialética. Por meio do questionário, da fotografia e da entrevista foi possível acessar e analisar o perfil das participantes, as imagens do cotidiano e as falas produzidas pelas estudantes. Ainda, as falas de profissionais de Psicologia da universidade possibilitaram a compreensão sobre algumas das demandas acadêmicas referentes à saúde mental e contribuíram para uma visão ampla sobre esse fenômeno. As fotografias foram sistematizadas em categorias temáticas e articuladas com as discussões nos núcleos de significação. Foram construídos quatro núcleos de significação que se referem às estudantes e dois núcleos de significação referentes à Psicologia. No movimento de análise através dos núcleos de significação observa-se algumas das singularidades e particularidades que constituíram a vida acadêmica no período da pandemia e as significações e as vivências sobre a saúde mental das estudantes. Como resultados, observa-se no perfil das estudantes que a maioria considera-se parda, solteira, apresenta renda média de um salário mínimo e moram com a família e contribuem com a renda familiar, estava na primeira graduação. Durante a pandemia sentiram mudanças em relação à saúde mental, manifestadas pelo aumento da ansiedade, estresse, desmotivação e piora na qualidade do sono. Sobre aspectos relacionados à vida doméstica observa-se a relevância do trabalho doméstico e da maternidade, os quais aumentaram e intensificaram-se na rotina das estudantes. Ainda é importante ressaltar as mudanças na vida acadêmica devido à necessidade de adesão ao ensino remoto emergencial e do distanciamento social. Estas modificaram a atividade de estudo a ser realizada em casa, levando-se em conta o acesso à internet e equipamentos, local adequado e as relações entre as pessoas que coexistem no meio doméstico. Nesse sentido, as relações familiares, ensino remoto, trabalho doméstico, maternidade e centralização dessas relações no ambiente doméstico mostraram-se mediações importantes para compreender a saúde mental das estudantes durante a pandemia. As mudanças na rotina pessoal e acadêmica, bem como a perda de familiares são situações que a pandemia impôs e estão na trama das significações e das vivências dessas estudantes durante a pandemia. Nesse contexto, ressalta-se que essas relações estão situadas em uma sociedade capitalista neoliberal que intensificou e aprofundou as desigualdades sociais que já eram anteriores à pandemia em um cenário de crise sanitária. Dentre elas aponta-se para as desigualdades de gênero que aumentaram e deixaram ainda mais notáveis as situações de sobrecarga que incidem sobre a saúde mental das mulheres. Além disso, no enfrentamento dessa realidade é importante ressaltar o ser humano nas suas possibilidades de desenvolvimento, resistência e criação que coexistem com as manifestações das desigualdades sociais e, como ser ativo socialmente, busca por possibilidades de mudanças sociais. Desse modo, há relações sociais adoecedoras ou alienantes em relação à saúde mental e há relações possibilitadoras de desenvolvimento humano e emancipação, que coexistem contraditoriamente no movimento dialético da realidade. Assim, o sofrimento psíquico é compreendido na expressão da saúde mental como fenômeno social, que se concretiza no sujeito, enquanto ser social situado historicamente, e as mudanças quanto à qualidade da saúde mental apresentam relações com o meio social em que as estudantes estavam situadas. Nota-se que as desigualdades sociais historicamente construídas estão na base do aumento do sofrimento psíquico durante esse período e as mulheres enquanto grupo social apresentam maior vulnerabilidade social em cenários de crise. Por meio da análise dessas relações foi possível apreender significações e vivências sobre a saúde mental das estudantes durante a pandemia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1695861 - DEISE JULIANA FRANCISCO
Interna - 1696115 - MERCEDES BETTA QUINTANO DE CARVALHO PEREIRA DOS SANTOS
Interna - 1121256 - NEIZA DE LOURDES FREDERICO FUMES
Externa ao Programa - 2412107 - ANGELINA NUNES DE VASCONCELOS
Externa à Instituição - ELISA ZANERATTO ROSA - PUC - SP
Externa à Instituição - WANDA MARIA JUNQUEIRA DE AGUIAR - PUC - SP
Notícia cadastrada em: 22/10/2022 10:53
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