PPGE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO CENTRO DE EDUCACAO Telefone/Ramal: Não informado https://sigaa.sig.ufal.br/seleção

Banca de QUALIFICAÇÃO: ADAILTON PEREIRA DE MELO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ADAILTON PEREIRA DE MELO
DATA : 16/12/2022
HORA: 14:30
LOCAL: QUALIFICAÇÃO REMOTA - GOOGLE MEET
TÍTULO:

PLURIDISCURSIVIDADE E PLURIESTILISMO: TEXTO EM SEU USO FILOSÓFICO-PEDAGÓGICO NOS DIÁLOGOS FILOSOFICOS NA ESCOLA (SALA DE AULA DE FILOSOFIA)


PALAVRAS-CHAVES:

Ensino. Filosofia. Pluridiscursividade. Pluriestilismo. Texto.


PÁGINAS: 59
RESUMO:

Todo texto é a expressão de algum proposito comunicativo e a ele recorre-se como atividade funcional, no sentido de que tem uma finalidade para a qual o leitor recorre como objeto especifico. No caso do texto filosófico em sala de aula é o lume do confronto oferecido aos estudantes em relação às suas expectativas, problematizando-os sobre as experiências factuais.  Nesse sentido, problematiza-se o que é um/o texto? O que pode ser definido como texto filosófico, ou todo texto tem uma dimensão filosófica? O texto implica em uma expressão verbal de uma atividade social de comunicação, mesmo que filosófica, envolve um interlocutor, implicando em dialogismo. Conforme Bakhtin (1995), toda expressão verbal é uma atividade social que cria dialogismo e, consequentemente, gera a criação de conceitos, os quais ocorrem no plano de imanência (Deleuze; Guattari, 2010), com finalidade e objetivos. O conceito se constrói a partir de um tema, de um tópico, de uma ideia central, de um núcleo semântico que lhes dá condições de continuidade, unidade, comparação, e que implica em outros critérios de textualidade. O não filosófico, segundo Deleuze (2010) encontra-se no coração da filosofia e se dirige aos não filósofos de forma pontual e imanente. Desse modo, importa concordar com o que afirmam Poncio; Calefato e Petrilli (2007), a linguagem filosófica tem duas dimensões fundamentais: ela é pluridiscursiva, por não se reduzir a nenhum gênero do discurso ou da enunciação; ela é pluriestilística, por não se fechar ou se reduzir a um estilo próprio de um autor, de um período histórico. Considerando a sala de aula como espaço interativo de produção de conceitos, a pesquisa tem como objetivo investigar a natureza do texto de natureza filosófica e sua mediação para o filosofar dos estudantes, compreendendo o texto como espaço privilegiado de reflexão, analisando suas características que o fazem ser filosófico, entendendo sua função em sala de aula e discutindo sua pluridiscursividade e sua natureza pluriestilística. Sabe-se que a literatura é rica em textos que embora não seja diretamente filosófico, impõem-se pela sua natureza literária capaz de produzir no leitor a necessária estrutura de reflexão para a construção de conceitos. Dessa forma, todo gênero pode ser filosófico ou atender uma necessidade filosófica, desde que seja capaz de produzir no sujeito que interpela seu diálogo com o texto. Nesse sentido, Derrida produz “um entrelaçamento do filosófico e do literário” (SALANSKYS, 2015, p.31). A discussão sobre o tema não pode deixar de considerar o significado do texto a partir da linguística textual e compreender como o texto pode ser filosófico ou servir para o percurso filosófico do pensamento. Nesse ponto,  entender algumas  topologias inerentes (há diversidades de gêneros textuais como o poema e a charge, priorizados no trabalho de intervenção em sala de aula, mas existem ainda  a crônica, a música poética, entre outros) e como é possível, a partir de sua leitura, exercitar o processo de compreensão e letramento filosófico, haja vista a produção de conceitos, considerando que os conceitos são exatamente como sons, cores ou imagens, e é isso que faz com que a filosofia esteja em estado de aliança ativa e interna com os outros domínios. O ponto de partida para a compreensão dos critérios de escolha desse ou daquele texto filosófico para a leitura pelos estudantes considera que a linguagem da filosofia se manifesta linguístico-social e ideológica para o plurilinguismo dialógico. Isso significa que a Filosofia fala em comunicação, mas também em confronto com linguagens diferentes de diferentes sistemas de vida, culturas, grupos sociais, gêneros do discurso, profissões e especializações cientificas. No percurso metodológico, considerar-se-á a pesquisa de campo, ou seja, a análise de textos produzidos pelos estudantes a partir do processo de construção textual com temáticas elegidas pelos mesmos conforme a necessidade de discussão cotidiana, relacionados a prática do filosofar em sala de aula, isso porque “o que nos leva a entender que o questionamento dialógico possibilita uma aprendizagem de escolhas e decisões em direção ao projeto ontológico humano no sentido do ser em seu sendo, uma vez que questionar é um ato de investigação que busca compreender problemas efetivos comuns” (SILVA; MATOS; CORREIA, 2019, p.3), A pesquisa será realizada em 15 turmas do Ensino Médio, na Escola Guedes de Miranda, em Porto Calvo, pertencente a 10ª GERE (Gerência Regional de Educação) da rede estadual de ensino em Alagoas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 335.798.814-34 - JUNOT CORNÉLIO MATOS - UFPE
Interno(a) - 2163805 - MARIA DOLORES FORTES ALVES
Interno(a) - 1121375 - WALTER MATIAS LIMA
Externo(a) à Instituição - WALTER OMAR KOHAN - UERJ
Externo(a) à Instituição - CARLOS BERNARDO SKLIAR
Notícia cadastrada em: 17/11/2022 00:20
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