A INCLUSÃO E O PROGRAMA RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA EM QUESTÃO
Covid-19. Pedagogia. Exclusão. Educação Inclusiva.
A presente pesquisa discute as vivências inclusivas construídas no âmbito do Programa Residência Pedagógica (PRP), na perspectiva da pesquisa crítica de colaboração, no âmbito da Pandemia (Covid-19). Assim, buscamos investigar se as experiências formativas desenvolvidas no PRP, propostas na perspectiva da colaboração crítica, podem contribuir na formação das licenciandas em Pedagogia de uma universidade pública estadual, em uma perspectiva inclusiva. Para tanto, assumimos como objetivo analisar as experiências formativas planejadas e desenvolvidas no PRP, com base na proposta colaborativa crítica, na formação das licenciandas em Pedagogia de universidade pública estadual, em uma perspectiva inclusiva. As discussões são pautadas nas atividades vivenciadas e na formação inicial das participantes, com base na psicologia sócio-histórica e em outros referenciais fundamentais para a temática. A pesquisa realizada foi do tipo crítica de colaboração, com 14 (quatorze) participantes vinculadas ao curso de Licenciatura em Pedagogia de uma instituição estadual do Nordeste. A produção de dados se deu a partir de entrevistas, sessões reflexivas (individuais e coletivas), gravadas em áudio e vídeo, via Meet, além da análise documental do projeto institucional, relatórios finais e cartas produzidas pelas participantes. O corpus empírico foi construído entre os meses de dezembro de 2021 e abril de 2022, e a análise utilizou os núcleos de significação e a de conteúdo temática. Cabe destacar que as análises seguem em andamento e, até o presente momento, estão sistematizadas em 4 (quatro) artigos. Os resultados parciais apontam que as concepções das participantes focalizam a perspectiva clínica da pessoa com deficiência, ao passo da naturalização e invisibilidade, em meio aos processos de exclusão vivenciados pelos estudantes Público-Alvo da Educação Especial (PAEE), no âmbito da Pandemia (Covid-19). Adicionalmente, apreendemos que houve um movimento de reflexão acerca da exclusão vivenciada, bem como a proposição de práticas junto aos estudantes PAEE ao longo do PRP, mas, as práticas articuladas ao processo de responsabilização docente e dos estudantes nas práticas propostas no PRP. Em suma, as análises iniciais sinalizam a seguinte tese: as experiências vivenciadas no PRP foram importantes para o contato e o desenvolvimento de práticas com os estudantes do PAEE, pela maioria das participantes da pesquisa. Entretanto, as práticas formativas do PRP e a pesquisa crítica de colaboração não foram suficientes para transformar a realidade imposta pelo distanciamento social e alcançar de forma efetiva uma prática inclusiva no espaço da escola campo do PRP, no âmbito da Pandemia (Covid-19).