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Banca de DEFESA: FERNANDA LAYS DA SILVA SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FERNANDA LAYS DA SILVA SANTOS
DATA : 17/04/2023
HORA: 14:00
LOCAL: cedu
TÍTULO:

BIOPOLÍTICA, MEDICALIZAÇÃO E PANDEMIA DA COVID-19: saberes, discursos e poderes sobre as infâncias na Educação Brasileira nos séculos 20 e 21



PALAVRAS-CHAVES:

Biopolítica. Higienismo. Medicalização da Educação Pandemia de Covid-19.


PÁGINAS: 80
RESUMO:

O objeto de estudo são as relações de saber e poder sobre as infâncias através da bio-necropolítica no início do século XX e XXI; Escola Nova, higienismo de Arthur Ramos, Protocolos de Biossegurança e estudo de caso por entender que fornecem indícios que vão além de meras teorias ou ações preventivas aplicadas à educação. Por se ter envolvido no movimento higienista e ter aproximação com o escolanovista Anísio Teixeira, Arthur Ramos foi convidado para atuar no Serviço de Ortofrenia e Higiene Mental. Segundo Cardoso (2017) e Martins (2014), houve vestígios da reforma educacional e do higienismo em Alagoas. Teremos como base os estudos de Santos (2018) que envolvem a ligação de Arthur Ramos ao currículo da Escola Nova em terras alagoanas. No entanto, não há estudos sobre o higienismo de Arthur Ramos como uma estratégia biopolítica na educação escolar, bem como suas repercussões ao longo do tempo, ou uma nova roupagem em contexto de pandemia Covid-19, estabelecendo um neohigienismo. O objetivo principal foi tratar a proposta educacional como meio de produção de subjetividades, em especial, a Escola Nova, caracterizando uma governamentalidade infantil nos saberes e discursos analisados; discutir a intervenção médica no âmbito educacional, como estratégia biopolítica, no que se refere ao conceito e tratamento dado à infância, sobretudo, a atuação do médico alagoano Arthur Ramos na Escola Nova, e analisar os discursos por meio de mecanismos de controle que perpassam o poder e seus efeitos; analisar a disciplina e seus mecanismos de funcionamento nos processos de controle de conduta; por último, investigar as práticas do biopoder na constituição de uma governamentalidade neoliberal da infância, sobretudo, em Alagoas no século XX (anos 1930-1940) e o contexto pandêmico do século XXI (anos 2020-2021). Pois, provavelmente, no decorrer da história da educação, constituiu-se uma governamentalidade neoliberal da infância articulada com o saber médico-escolar, que vem reconfigurando-se nos discursos oficiais sobre educação em tempos de pandemia (Covid-19). Assim, o objeto de pesquisa envolve as práticas educativas eugênicas e higienistas instituídas pelo Estado, no  movimento da bio-necropolítica. Temos como problema: De que modo a biopolítica se traduziu na educação escolar em tempos de pandemia Covid-19 e quais suas relações com o higienismo do século XX? A fim de responder ao problema de pesquisa, adotamos como metodologia as pesquisas bibliográfica, documental e estudo de caso com abordagem qualitativa. Por meio de leitura de livros, artigos, dissertações e teses em formato digital e impresso, investigamos como se constituiu a educação escolar, notadamente no século XX e no período da pandemia (XXI). Desse modo,  investigar a atuação da biopolítica e medicalização na História da Educação perpassada pelo higienismo e a pandemia, tornou-se necessário para compreender a visão de homem e sociedade que permeia a formação infantil e de professores na época e sua repercussão na atualidade. Utilizaram-se fontes históricas tais como decretos educacionais (1925-1930), Revista de Ensino (1930), Jornal de Alagoas (1939), Craveiro Costa (1930, 1931), obras como A criança problema e Saúde do espírito: higiene mental de Arthur Ramos (1939). Para a discussão, apoiamo-nos em Michel Foucault (1985, 1994, 1996, 1999, 2002). Entre algumas obras, estão: Arqueologia do saber (1987), Microfísica do poder (1985), Ordem do discurso (1996), Em defesa da sociedade (2010). nas categorias  Os anormais (2001), O nascimento da clínica (1994), Nascimento da biopolítica (2008), Em defesa da sociedade (1996). Tivemos como categoria de análise: biopolítica, relações de poder, medicalização e governamentalidade. No campo da historiografia, utiliza-se a perspectiva da Escola dos Analles, sobretudo, a Nova História Cultural, por compreender que é função do historiador também pesquisar e recuperar histórias e personagens tidos como invisíveis; assim, não há uma única História, mas histórias que são silenciadas e negadas. Constata-se que a bio-necropolítica se traduziu no controle do corpo e da vida da população em contexto pandêmico e gerou políticas de exclusão de estudantes da rede pública, constituindo-se na continuação da política higienista no contexto do século XXI.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1121375 - WALTER MATIAS LIMA
Interno(a) - 335.798.814-34 - JUNOT CORNÉLIO MATOS - UFPE
Interno(a) - 2163805 - MARIA DOLORES FORTES ALVES
Externo(a) à Instituição - ERMANO RODRIGUES DO NASCIMENTO - UNICAP
Externo(a) à Instituição - ROSEANE MARIA DE AMORIM - UFPB
Notícia cadastrada em: 10/04/2023 18:13
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