AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO E O ENSINO JURÍDICO: análise curricular dos cursos de Direito do Estado de Alagoas
TIC. Cultura digital. Ensino jurídico. Currículo. Cursos de Direito. Formação de professores.
A literatura especializada sustenta que a educação nacional está em crise, fruto de um processo histórico recheado de questões políticas, sociais e econômicas, cujo reflexo é experimentado na área pedagógica. O ensino jurídico no Brasil não está alheio a esse fenômeno, de modo que a sua crise pode ser visualizada por diversos ângulos, especialmente no que se refere a inserção de novas tecnologias nos currículos dos cursos de Direito. O uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC) em vários contextos da vida humana é cada vez mais frequente, como acontece, por exemplo, na área da educação, impactando a disseminação do conhecimento e a formação profissional. A educação tem sofrido profundas transformações provenientes das inovações tecnológicas; o ensino jurídico não pode ignorar esse fenômeno, devendo caminhar com proximidade aos fatos e avanços sociais. Neste contexto, o problema desta pesquisa está centrado no currículo dos cursos jurídicos no Estado de Alagoas, especialmente no que diz respeito à adequação do ensino jurídico às TIC. A pesquisa está norteada pela seguinte hipótese: os cursos jurídicos em Alagoas podem não apresentar – ou apresentar de forma incipiente – componentes curriculares relacionados às TIC, o que ocasionaria consequências profissionais e sociais. Quanto ao objetivo, consiste em analisar, no contexto da cultura digital, a presença das TIC nos currículos dos cursos de Direito no Estado de Alagoas. A pesquisa foi efetivada em uma base metodológica de natureza predominantemente qualitativa, a partir do enquadramento epistemológico no paradigma empírico-analítico, com a utilização do procedimento hipotético-dedutivo para investigar a hipótese mediante as informações coletadas. Os resultados consistem na inexistência ou insuficiência acerca da presença e da forma como as TIC estão sendo trabalhadas, de modo que a graduação não está sendo capaz de criar e aprimorar as habilidades e competências necessárias para que o estudante/egresso exerça a profissão num contexto social marcado por novas tecnologias.