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Banca de DEFESA: VALDECK GOMES DE OLIVEIRA JÚNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VALDECK GOMES DE OLIVEIRA JÚNIOR
DATA : 29/05/2023
HORA: 10:00
LOCAL: Remota
TÍTULO:

 

CURRÍCULOS VIVENCIADOS EM ESCOLAS INDÍGENAS: contributos para uma educação contra-hegemônica


PALAVRAS-CHAVES:

 

 

Currículo, Educação Escolar Indígena, Contra-hegemonia, Marcos Legais.


PÁGINAS: 200
RESUMO:

Este trabalho busca descrever os currículos escolares vivenciados no Ensino Fundamental Anos Iniciais, em duas escolas indígenas, localizadas no município de Joaquim Gomes, região da zona da mata alagoana, território indígena Wassu-Cocal. Como objetivo geral buscou-se: pesquisar os currículos em escolas indígenas do etnoterritório do povo ora pesquisado e a sua relação com valorização de saberes e suas produções na perspectiva de práticas emancipatórias. Os objetivos específicos do trabalho são: a) Identificar sentidos e princípios atribuídos ao currículo nas escolas indígenas, como reconhecimento e produção de conhecimentos emancipatórios; b) Caracterizar particularidades locais nas propostas curriculares trabalhadas em sala de aula, identificando as possibilidades abertas para a decolonização curricular nas duas escolas indígenas pesquisadas, c) Identificar nas vozes e práticas dos agentes indígenas a contra hegemonia persistente nas escolas da comunidade. Como problematizações buscou-se: como as professoras indígenas têm dialogado com a história e a cultura do povo Wassu-Cocal em sala de aula? Quais são os materiais didáticos e produções construídas em salas de aulas, utilizados pelas professoras para explorar a temática indígena? Nas vozes dos agentes indígenas as práticas curriculares docentes correspondem às prescrições curriculares nacionais ou extrapolam, valorizando e legitimando os conhecimentos ancestrais? Os instrumentos de coleta de dados foram observações (na comunidade e em sala de aula), entrevistas com professoras, coordenadoras e Lideranças indígenas, que revelou vivências, nos permitindo fazer interpretações das realidades escolares do povo pesquisado. Para as análises documentais, tem-se como subsídios, fotos e vídeos realizados em pesquisa de campo, documentos legais, Resoluções, Pareceres, diários de classe, PPP, planos de aulas das professoras, trabalhos pedagógicos, realizados pelas duas escolas indígenas pesquisadas. A análise dos dados apontou que os currículos escolares, vivenciados nas escolas investigadas, trazem à tona desobediências epistêmicas e metodológicas, resistindo e assumindo o compromisso com o povo do etnoterritório em questão. Assim, cada escola pesquisada tem suas especificidades e diferenças, ou seja, iguais na intencionalidade, porém diferentes na dinâmica pedagógica, que extrapolam a prescritividade hegemônica. Já as vozes dos/as agentes indígenas demonstram que possuem a consciência do seus papeis, enquanto formadores sociais, seguem, portanto, na desobediência, arriscam caminhos contra hegemônicos, perspectivando novas possibilidades e práticas pedagógicas, percebe-se assim o protagonismo indígena, prevalecendo nas salas de aulas as lógicas ancestrais, referencializadas a partir do seu universo território-natureza-religiosidade (místico).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2217140 - VALÉRIA CAMPOS CAVALCANTE
Interno(a) - 3246943 - MARINAIDE LIMA DE QUEIROZ FREITAS
Externo(a) à Instituição - JOSÉ ADELSON LOPES PEIXOTO - UNEAL
Externo(a) à Instituição - PAULO MANUEL TEIXEIRA MARINHO - UNIPORTO
Notícia cadastrada em: 09/05/2023 19:14
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