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Banca de DEFESA: RAFAEL ANDRÉ DE BARROS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAFAEL ANDRÉ DE BARROS
DATA : 30/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Banca remota
TÍTULO:

ENSINO REMOTO EMERGENCIAL (ERE) E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO DE MACEIÓ/AL DURANTE O PERÍODO PANDÊMICO (2020 – 2022).


PALAVRAS-CHAVES:

 

 

Pandemia do vírus SARS-CoV-2 (Covid-19); Ensino Remoto Emergencial (ERE); Ensino público superior; Precarização do trabalho docente.

 


PÁGINAS: 250
RESUMO:

Esta tese tem como objetivo analisar como as instituições de ensino superior públicas na cidade de Maceió/Al se apropriaram do Ensino Remoto Emergencial (ERE) enquanto modalidade emergencial e provisória de ensino criada por meio do conjunto de documentos formado pelas Portarias MEC n.º 343/2020, n.º 345/2020, n.º 395/2020, n.º 473/2020 e n.º 544/2020 vigentes durante o período de emergência em saúde pública oriunda da pandemia do Novo Coronavírus (2020 – 2022) na sua relação com o processo de precarização do trabalho docente. Seu recorte temporal compreende o período entre 2020, ano de publicação da portaria de substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais e 2022, ocasião do fim do estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN). Para a consumação desta pesquisa adotou-se como opção teórico-metodológica uma abordagem qualitativa, por meio de revisão de literatura e documental e análise crítica das fontes. Para a organização dos dados utilizou-se a Análise de Conteúdo de Bardin (2011), a partir das categorias analíticas I) precarização do trabalho docente; II) Uberização do trabalho docente: fusão espaço-tempo doméstico e profissional. A análise documental ocorreu em meio digital, sobretudo por meio das publicações divulgadas nas páginas digitais dos Conselhos Superiores Universitários das respectivas instituições públicas de ensino superior na Cidade de Maceió/AL durante o estado de emergência em saúde pública. Tendo como referencial teórico Marx (2017, 1971, 1987), Bardin (2011), Mészáros (2002; 2004; 2005; 2006; 2008), Silva (2019), Rodrigues e Freitas (2017) e Mill, (2002; 2012; 2008) a tese aqui defendida parte do pressuposto de que, durante o período pandêmico (2020-2022), a introdução do Ensino Remoto Emergencial, enquanto modalidade de ensino provisória aplicada em substituição à modalidade de ensino e aprendizagem presencial, desvelou e aprofundou os processos de precarização do trabalho docente no ensino superior. Os resultados mostraram que aquelas IES que não tinham alguma expertise com EAD e/ou com uso de TDIC, nos variados processos de ensino e aprendizagem, tiveram bastante dificuldade em desenvolver suas regulamentações. Mostraram, ainda, que em um contexto macroeconômico, o capital, em crise cíclica, buscava meios de reestruturação para sua manutenção por meio de suas organizações; a legislação que proporcionou a continuidade das atividades na educação superior teve como grande o interessado o mercado educacional; houve omissão do órgão do Governo Federal, o MEC, enquanto responsável pela elaboração e execução de políticas educacionais, em regulamentar as bases qualitativas do ERE, bem como em supervisionar sua execução; as instituições receberam toda a responsabilidade pelo planejamento e execução do ERE. Cada IES criou seu padrão de ERE, semelhantes em algumas características, inclusive na potencialização do trabalho precarizado. As considerações finais apontaram para a necessidade de apoio e formação docente para desenvolvimento de competências digitais; possibilidade da substituição do espaço físico da IES pelo trabalho em home office. As condições postas para que os docentes pudessem operacionalizar o ERE foram insuficientes e podem ter criado precedentes para a precarização da classe docente, principalmente no ensino privado. O ERE criou parâmetros para a consolidação da educação plataformizada, cuja função efetiva do professor, que outrora era formadora, foi reduzida a de um professor tutor e produtor de material didático digital. Por outro lado, a função de professor formador cada vez mais é atribuída à inteligência artificial integrada aos Ambientes Virtuais de Aprendizagem e os conteúdos são desenvolvidos por programadores, profissionais de publicidade, marketing e propaganda, designers instrucionais, web designers, designers de áudio, vídeo, texto e imagem. Sendo, portanto, uma forma autossustentável, do ponto de vista econômico, de fazer educação superior que atenda aos interesses dos grandes grupos de educação superior.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1646587 - EDNA CRISTINA DO PRADO
Interno(a) - 1032617 - JAILTON DE SOUZA LIRA
Interno(a) - 1030327 - LANA LISIÊR DE LIMA PALMEIRA
Externo(a) à Instituição - Maria de Fátima Matos de Souza
Externo(a) à Instituição - ROZANGELA MARIA DE ALMEIDA FERNANDES WYSZOMIRSKA
Notícia cadastrada em: 04/08/2023 09:43
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