Predição de secas na Bacia Hidrográfica do rio São Francisco: análise de projeções climáticas globais para o século XXI
SPI. CMPI5. Espaço-temporalidade.
A celeridade dos fenômenos naturais das mudanças climáticas, a partir das atividades antropogênicas, embora tenha inúmeras explicações científicas caiu, intrigantemente, no senso comum, especialmente o aumento na emissão dos gases que provocam o
efeito estufa. O que também tem sido corriqueiro são os estudos voltados para o passado, os quais geram respostas das condições que já estamos enfrentando, uma espécie de exame dos problemas atuais. Esses nos alertam para um futuro ambientalmente doente, entretanto, assim como na medicina preventiva, a predição das estiagens na área da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco servirá de ferramenta para antever os níveis dos efeitos que enfrentaremos e logicamente fomentar mudanças que promovam sustentabilidade. A escassez de chuvas é um impacto comum na área de estudo, porém as mudanças hidrometeorológicas, leia-se para esse trabalho “redução da precipitação”, gera desequilíbrios no armazenamento hídrico e secas ainda mais severas. O cálculo do Índice de Precipitação Padronizada será aplicado nas variáveis de precipitação obtidas do Coupled Model Intercomparison Project Phase 5 (CMIP5), mais eficientes para a bacia escolhida e, por fim, serão gerados mapas que permitirão analisar espaço-temporalmente as escalas das secas nas zonas da bacia entre os anos de 2011 e 2100. A expectativa é de que nesse processo o SPI indique pontos de mudança para ambos os cenários iniciais adotados
e maior severidade da seca para aquele mais pessimista. Também é esperado que a informação gerada seja eficiente para os fins a que se propõe.