Análise comparativa de métodos de verificação de carregamentos em OAE visando à emissão de autorização especial de trânsito.
Pontes rodoviárias. Autorização especial de trânsito. Carregamento máximo em pontes.
Visando desenvolver uma avaliação comparativa dos princípios para análise de cargas em pontes, este trabalho propõe-se a realizar a verificação estrutural de uma obra de arte especial – OAE, mediante o estudo das cargas móveis adotadas pelas normativas brasileira (NBR 7188:2013), americanas (AASHTO: 2002 e 2020) e europeia (Eurocode 1: 2003). A verificação das cargas solicitantes, geradas por meio dos carregamentos móveis descritos nas respectivas normas, foi realizada sobre a ponte do rio Croatá, localizada na BR-423/AL, município do Canapi/AL, observando os limites de peso e dimensões, relacionados a veículos de carga nas rodovias brasileiras, estabelecidos pelas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN. As informações de projeto da ponte foram disponibilizadas pelo DNIT/AL, viabilizando a avaliação dos esforços solicitantes gerados pelos carregamentos de projeto descritos nas normas referidas e por um trem-tipo especial de carga. Empregou-se modelagem numérica, através do método dos elementos finitos – MEF, para analisar os efeitos da passagem dos trens-tipo, determinando-se as solicitações máximas geradas na superestrutura com a passagem dos trens-tipo, comparando-as e aplicando as determinações estabelecidas nas normativas. Fazendo uso dos esforços solicitantes oriundos da análise numérica, aplicou-se aos resultados obtidos a metodologia estabelecida pelo DNIT para elaboração das concessões de Autorizações Especiais de Trânsito – AET, a qual estabelece os critérios de verificação de segurança estrutural em pontes rodoviárias. Por meio deste estudo, concluiu-se que a OAE em discussão se encontra em condições estruturais adequadas para a passagem dos carregamentos especiais e dos carregamentos das normas internacionais, cujos fatores de segurança apresentados nas verificações são superiores à unidade. Concluiu-se ainda que a normativa brasileira, em contraste com as normas internacionais, apresentou no caso analisado valores de fatores de segurança maiores durante a verificação estrutural.