SER-MULHER NA VIVÊNCIA DO ABORTAMENTO: UM OLHAR DA ENFERMAGEM À LUZ DA FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL
Aborto. Saúde da mulher. Enfermagem. Pesquisa qualitativa.
O abortamento configura-se como um grave problema de saúde pública e se traduz em diversas repercussões para a saúde da mulher e sua qualidade de vida. Esta pesquisa tem como objeto de estudo a vivência do abortamento pelas mulheres. Foi desenvolvida a partir da questão de pesquisa: Qual o fenômeno velado na vivência da mulher durante o processo de abortamento? Para responder esse questionamento definiu-se como objetivo de estudo: Desvelar facetas do fenômeno oculto na vivência da mulher em abortamento. Pesquisa de natureza qualitativa, baseada no referencial teórico-metodológico da Fenomenologia Existencial de Martin Heidegger. Participaram do estudo 10 mulheres que vivenciaram o abortamento. Foi realizada a entrevista fenomenológica com a pergunta disparadora: Conteme como foi para você vivenciar o processo de abortamento? A pergunta foi aprofundada de acordo com a necessidade e objetivo do estudo. As entrevistas foram analisadas com base nos momentos metódicos compreensivos de Martin Heidegger, estabelecendo assim, as quatro unidades de significação que nortearam a compreensão desse estudo: Ser-mulher descobrindo-se frente ao abortamento; Ser-mulher vivenciando o processo de abortamento; Ser-mulher compreendendo o processo de abortamento, Ser-mulher ressignificando o processo de abortamento. Conclui-se que o desvelar das vivências das mulheres no processo de abortamento traz à luz um mundo de significados que são inerentes a esse vivenciar, devendo assim se constituir em subsídios para nortear uma assistência integral e individualizada, baseada nas necessidades de cada mulher