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Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ AUGUSTINHO MENDES SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSÉ AUGUSTINHO MENDES SANTOS
DATA : 10/12/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Virtual - meet.google.com/ndk-rmiq-smj
TÍTULO:

CULTURA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM MATERNIDADES DE ALTO RISCO DE UM ESTADO DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Cultura organizacional; Equipe de assistência ao paciente; Maternidade; Segurança do paciente; Enfermagem.


PÁGINAS: 102
RESUMO:

INTRODUÇÃO: A gravidez e o nascimento, em grande maioria, ocorre sem intercorrências, porém em muitos casos podem surgir complicações que podem estar relacionadas à assistência oferecida, seja em relação à estrutura dos locais de nascimento, assim como em decorrência de erros no processo de trabalho e que podem acarretar eventos adversos (EA). Um fato peculiar é que nos serviços de atenção obstétrica, a proporção de processos judiciais por erro se mantém em torno de 23,2%. Com o intuito de chamar a atenção das instituições de saúde e desenvolver nova cultura de segurança, o Ministério da Saúde do Brasil instituiu a Portaria nº 529, que define as estratégias para melhorar a Segurança do Paciente (SP), entre tais estratégias está a promoção da cultura de segurança. Percebe-se que ainda existem muitos desafios a serem superados e, consequentemente, são necessárias intervenções imediatas para tornar o cuidado mais seguro. Antes disso, é importante avaliar a cultura de segurança para que os profissionais sejam sensibilizados da importância de promover a SP com o objetivo de melhorar a qualidade da assistência prestada. OBJETIVO: Avaliar a cultura de segurança do paciente em maternidades de alto risco de um estado da região Nordeste do Brasil, na perspectiva da equipe multiprofissional de saúde que nelas atuam, por meio do instrumento Pesquisa sobre Segurança do Paciente em Hospitais (HSOPSC). MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo de natureza quantitativa do tipo Survey, realizado em duas maternidades de alto risco de um estado da região nordeste do Brasil. A coleta de dados foi realizada no período de dezembro de 2020 a abril de 2021, por meio do instrumento HSOPSC, que além de avaliar o perfil dos profissionais, possui 42 itens divididos em 12 dimensões que avalia a Cultura de Segurança do Paciente (CSP). Após coleta, os dados foram validados e posteriormente analisados através da estatística descritivas por meio do Software JASP, para identificar as áreas fortes para a CSP. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Alagoas. RESULTADOS: Participaram do estudo 318 profissionais, sendo a maioria do sexo feminino , com média de idade de 41,7 anos, que possuem pós-graduação a nível de especialização e em sua maioria fazem parte da equipe de enfermagem. No que se refere a média de tempo de trabalho na profissão, encontrou-se uma média de 14,5 anos. Quanto ao tempo de trabalho no hospital/maternidade, observou-se que os maiores percentuais concentraram-se entre 16 a 20 anos e 1 a 5 anos, além disso, no que tange ao tempo de trabalho na atual área os percentuais concentraram-se também nos intervalos citados anteriormente. Em relação a carga horária de trabalho, esta, foi predominantemente de 20 a 39 horas por semana. Em relação as dimensões da CSP, nenhuma dimensão foi avaliada como forte para a CSP. Destaca-se as dimensões que foram avaliadas com os maiores percentuais de respostas positivas, no entanto, sendo consideradas neutras, pois não alcançaram 75% ou mais de respostas positivas, a saber: expectativas e ações do supervisor para segurança do paciente, trabalho em equipe na unidade, aprendizado organizacional-melhoria contínua e abertura para as comunicações. As outras oito dimensões foram consideradas como frágeis, sendo elas: staffing-adequação de pessoal, transferências e passagem de plantão, apoio da gestão hospitalar para segurança do paciente, Feedback e comunicação sobre os erros, percepção geral de segurança do paciente, trabalho em equipe entre as unidades, frequência de eventos relatados e respostas não punitiva aos erros. Ao avaliar o número de notificação de EA realizada nos últimos 12 meses pelo profissionais, observou-se que do total de respondentes, 77,3% não realizou nenhuma notificação e 20,8% realizaram entre 1 e 5 notificações. No que tange a nota de segurança do paciente atribuída a unidade de trabalho, observou-se que, 49,0% percebem a segurança como regular e 26,8% como boa. CONCLUSÃO: Este estudo é o primeiro realizado no estado e que avaliou a CSP através do HSOPSC na área materno-infantil. Observam-se vários pontos frágeis para a CSP, o que urge a necessidade de uma análise reflexiva por parte dos profissionais e gestores sobre a qualidade do cuidado prestado, a fim de que se possa melhorar a SP e se apropriarem da cultura de segurança. Se faz necessário melhorias nas 12 dimensões da CSP, em especial no que se refere as respostas não punitivas aos erros, pois se os profissionais acreditarem que serão penalizados pelos erros e EA cometidos, os mesmo acabarão negligenciando as notificações, o que consequente impossibilitará conhecer os EA e erros que estão acometendo as gestantes, puérperas e RN. Destaca-se que faz importante o empenho de todos para transformar esta cultura de culpa em uma cultura justa, que estabelece equilíbrio entre a responsabilidade do profissional e da organização.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARI ÂNGELA GAEDKE
Presidente - 2731160 - AMUZZA AYLLA PEREIRA DOS SANTOS
Interna - 2582344 - THAIS HONORIO LINS BERNARDO
Notícia cadastrada em: 09/12/2021 13:37
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