PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA PANDEMIA DA COVID-19
Coronavírus. Depressão. Ansiedade. Enfermagem.
A Covid-19 é uma síndrome aguda respiratória provocada pelo novo coronavírus, denominado novo coronavírus, de elevado grau de disseminação e mortalidade. No contexto da pandemia foi possível verificar aumento de transtornos mentais relacionados à depressão e ansiedade em profissionais de saúde, especialmente, na equipe de enfermagem. A presente pesquisa tem como objetivo geral analisar a prevalência e fatores associados à ansiedade e depressão em profissionais de enfermagem que atuaram na assistência à saúde durante a pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal com profissionais de enfermagem do hospital universitário de uma cidade de Minas Gerais. Os dados foram obtidos com um questionário sociodemográfico, econômico e laboral, o Inventário de Ansiedade Beck e o Inventário de Depressão Beck. A coleta de dados aconteceu mediante um link de acesso do Google Forms enviado para o WhatsApp e/ou e-mail dos participantes. Os dados foram analisados com auxílio do software estatístico R 3.6. A amostra da pesquisa foi composta em sua maioria por profissionais de enfermagem pertenciam ao sexo feminino, técnicos/auxiliares de enfermagem, raça parda/mulata, solteiros, com renda maior que três salários mínimos, autoavaliação de saúde como boa. Profissionais de enfermagem que possuíam renda familiar maior que dois e meio salários mínimos, jornada semanal de 40 horas são mais propensos a desenvolver ansiedade moderada e grave. Profissionais que exerciam a profissão há quatro ou mais de quatro anos e com nível superior são mais propensos a desenvolver ansiedade moderada. Aqueles casados/amasiados e com nível superior mais propensos a desenvolver ansiedade grave. Profissionais de enfermagem com nível superior estão mais propensos a desenvolver depressão leve. Casados/amasiados, separados/divorciados e com nível superior estão mais propensos a desenvolver depressão moderada. Possuir renda maior que dois e meio salários mínimos e autoavaliar a saúde como regular e boa estão mais propensos a desenvolver depressão grave. As prevalências de ansiedade e depressão foram maiores em profissionais de enfermagem casados, de nível superior e com jornada de trabalho semanal igual 40 horas. Exclusivamente para depressão, a prevalência foi maior em profissionais com renda familiar de maior valor. No entanto, não houve influência de sexo, idade, filhos e como o profissional autoavalia sua saúde na prevalência de ambas as doenças.