ADAPTAÇÕES DO PROCESSO DE TRABALHO NO CENTRO CIRÚRGICO E SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA APÓS O SURGIMENTO DA COVID-19
Período de Recuperação da Anestésica, Centros Cirúrgicos, COVID-19.
A pandemia de COVID-19 implementou novas medidas no que se refere a segurança dos blocos cirúrgicos e sala de recuperação pós-anestésica através da instituição de novos protocolos de rotina. Desta forma buscou-se identificar as adaptações no processo de trabalho no centro cirúrgico e sala de recuperação pósanestésica após o surgimento da COVID-19. Pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, do tipo transversal, utilizando a ferramenta de Survey. A coleta de dados foi realizada de forma on-line por meio dos enfermeiros cadastrados na Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC) e pela seleção de enfermeiros através da Plataforma Lattes – CNPq. A análise de dados ocorreu através do pacote estatístico r 4.3.0 (r core team, abril/2023), com resultados estatisticamente significativos para valores de p(<0,05). A amostra totalizou em 61 enfermeiros em nível nacional. A coleta de dados ocorreu através de um questionário estruturado autoaplicável, após a aprovação do comitê de ética em pesquisa com CAAE: 58893022.0.0000.5013. Dos resultados da pesquisa 61(100%) afirmaram fazer uso da máscara cirúrgica no paciente, com relação ao uso do cateter de oxigênio sob a máscara 44(72,1%) afirmaram fazer o uso, destes 24(39,3%) autodeclararam testar positivo para covid-19 ao analisar a significância estatística obteve-se valor de p (0,059) OR: 3,73 (0,47 – 4,04) e coeficiente -0,983. Em relação aos EPIs na assistência ao paciente com covid-19, 50(81,9%) afirmaram fazer o uso do avental impermeável, 59(96,8%) da máscara N95/PFF2, 50(81,9%) da máscara cirúrgica e 47(77%) luvas que cobrem o punho do avental. O uso dos EPIs na assistência ao paciente com diagnóstico de covid-19 que geram aerossóis, 52(85,3%) fizeram o uso dos óculos ou protetor facial, 59(96,7%) máscara N95/PFF2, 14(23%) máscara cirúrgica. Com relação ao uso da máscara N95/PFF2 com válvula de expiração 26(42,7%) afirmaram fazer o uso, com 12(19,7%) autodeclarando testar positivo para covid-19, apresentado p(0,07) OR:8,67(1,15 – 163,1) com coeficiente 2,16. Desta forma, foi identificado as adaptações ocorridas nas instituições, a nível nacional, dentro do bloco cirúrgico durante o período mais crítico da pandemia e assim, associar com os dados publicados cientificamente, além dos protocolos estabelecidos pelas ANVISA, MS e SOBECC.