Banca de DEFESA: ISABELA CAMARGO RIBEIRO FIDELIS DE MOURA MARQUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELA CAMARGO RIBEIRO FIDELIS DE MOURA MARQUES
DATA : 22/04/2024
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

INVENÇÕES DE MACEIÓ pequeno atlas do imaginário social-urbano das águas

 
 
 

PALAVRAS-CHAVES:

História cultural urbana; povo anfíbio; imaginário das águas; Maceió.

 
 
 

PÁGINAS: 173
RESUMO:

O pequeno atlas do imaginário social-urbano das águas das invenções de Maceió
apresenta uma investigação da subjetividade aquática da capital alagoana. A
partir, principalmente, da literatura, esta dissertação explora sua história cultural
urbana tomando como ponto de partida o imaginário das águas, metáfora cara e
bem conhecida dos estudiosos e intelectuais alagoanos. A partir da vivência com
riachos diversos e extensas áreas alagadiças e pantanosas, a cidade foi se formando
a partir do porto marítimo de Jaraguá e dos portos lagunares, que a inseriam na
região dos canais e lagoas. As águas, portanto, formaram a cidade, e a cidade se
formou delas, fazendo do povo desta região, um “povo anfíbio” (Octávio Brandão,
1999), meio água meio terra. O próprio nome da cidade, Maceió, designa “o que
tapou o alagadiço”. E foi isso mesmo que aconteceu: taparam-se os alagadiços.
Aterros vários e retificações de riachos foram dando forma à Maçaió de fato: aquela
que nasceu da tapagem da água que brota da terra e se impõe na alma dos
maceioenses. Águas essas que por sua vez, tapam a cidade com águas voadoras
que descem dos céus e invadem a urbe destruindo tudo que o homem construiu
para continuarem fluindo. A presença das águas na vida urbana maceioense se
impõe: as marés, as chuvas no inverno que causam alagamentos e cheias dos rios e
riachos, a umidade intensa que faz tudo mofar. Essa presença e os movimento de
tapagens dessas águas formam, então, um imaginário aquático complexo, urbanonatural-urbanizado, que é urbano e natural ao mesmo tempo, coexistindo em
conflito. Os homens tapando a água com terra para expandir a cidade e sanitarizar,
e a água tapando a cidade com trombas d’água em sua força descomunal. Há na
cidade anfíbia, a presença de uma natureza urbana forte, assim como a urbanidade
que se forma ali é, portanto, natural. Poderíamos dizer, então, que a anfibialidade
seria a síntese desse um imaginário complexo urbano-natural-urbanizado.

 
 
 

MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - DANIELE CARON - UFRGS
Interno(a) - 1119549 - JOSEMARY OMENA PASSOS FERRARE
Presidente - 1647400 - JULIANA MICHAELLO MACEDO DIAS
Interno(a) - 2373057 - ROSELINE VANESSA SANTOS OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 22/04/2024 09:43
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