Banca de DEFESA: ISABELA DE ARAÚJO OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELA DE ARAÚJO OLIVEIRA
DATA : 01/11/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

PETROLINA-PE FRENTE AOS OBJETIVOS 6 E 7 DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UM ESTUDO SOBRE ÁGUA E ENERGIA NA ESCALA URBANA E DO EDIFÍCIO

PALAVRAS-CHAVES:

ODS. Agenda 2030. Sustentabilidade urbana. Uso racional da água. Conservação de energia. Certificação ambiental.

PÁGINAS: 171
RESUMO:

A atual crise ambiental e econômica, o uso abusivo dos recursos naturais, as particularidades climáticas do semiárido brasileiro e do Submédio do São Francisco, a busca pela sustentabilidade urbana e a representatividade do setor residencial no consumo final de água e energia do país foram as principais motivações desta pesquisa. Buscou-se investigar a situação atual da cidade de Petrolina (PE) frente aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) e à Agenda 2030 da ONU (referente à água e à energia), suas respectivas interferências no setor residencial e as possibilidades de otimização do consumo desses recursos. Para isso, foram realizados um levantamento documental e um estudo de caso numa residência unifamiliar de classe média da cidade. O uso de fontes como IDSC, MAPBIOMAS, PCS, SNIS, SNS, Instituto Trata Brasil, EPE, ANEEL, ONS, CRESESB, pesquisas regionais e publicações governamentais permitiram realizar a primeira etapa da pesquisa, onde investigou-se o nível de desenvolvimento da cidade frente à busca pela sustentabilidade, referente à gestão de água e energia. Na segunda etapa da pesquisa, caracterizou-se o padrão de consumo da residência de estudo de caso e estudou-se possibilidades de melhorias segundo orientações dos selos Casa Azul + CAIXA; AQUA-HQE e GBC Brasil Casa. A investigação do espaço urbano permitiu perceber que, embora 100% e 83,65% da população municipal seja atendida com serviços de água e esgotamento sanitário, respectivamente, a gestão de água da cidade ainda carece de melhorias: há perdas na distribuição, constantes paralizações e faltas de água nos domicílios, bem como descartes de lixo e esgoto bruto nas águas fluviais. Observou-se que a cidade sofre risco de desertificação e as interferências antrópicas têm causado impacto ambientais na bacia do São Francisco. No que se refere à energia, percebeu-se que, embora 99,21% dos domicílios da cidade tenham acesso à energia elétrica, a população ainda se depara com desafios relativos à vulnerabilidade energética, influenciada pelos efeitos das mudanças climáticas. Observou-se certas divergências entre os Índices de Desenvolvimento Sustentável (IDSC) da cidade e os dados oficiais, especialmente em relação à água. No estudo de caso, as possíveis medidas otimizadoras do consumo de água e energia poderiam ser: aproveitamento de água da chuva e de reuso (contribuição de 51,63L/dia e 120,35L/dia, respectivamente – sistemas que juntos supririam por completo a demanda de água não potável na residência e reduziriam em 57,7% a pressão que a residência exerce no sistema de abastecimento da cidade); substituição dos equipamentos elétricos por outros mais eficientes (redução de 12% da demanda energética residencial); incorporação de painéis fotovoltaicos na residência (supriria a demanda energética da família, com período de retorno financeiro de 38 meses). Impasses observados: necessidade de separação da instalação hidrossanitária em caso de instalação de sistema de reuso e de aquecimento de água (placas solares). Notou-se que as orientações dos sistemas de certificação são úteis para residências em operação que não foram projetadas para atender a nenhuma certificação ambiental (embora com flexibilidade limitada), podendo contribuir com a otimização dos consumos familiares e com o alcance dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável no espaço urbano.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2198876 - FERNANDO ANTONIO DE MELO SA CAVALCANTI
Presidente - 1654723 - JULIANA OLIVEIRA BATISTA
Interno - 1752658 - RICARDO VICTOR RODRIGUES BARBOSA