Banca de DEFESA: MATHEUS DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MATHEUS DOS SANTOS
DATA : 08/05/2023
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

A MOBILIDADE URBANA FRENTE À PANDEMIA DA COVID-19 EM ARACAJU: O DIREITO À CIDADE E À SAÚDE

PALAVRAS-CHAVES:

desigualdade; covid-19; mobilidade urbana; transporte público; Aracaju.

PÁGINAS: 176
RESUMO:

A pandemia da Covid-19 impactou drasticamente as dinâmicas urbanas, especialmente,
durante o período compreendido entre 2020 e 2022. O fechamento dos comércios, serviços e
demais atrativos, que influenciam nas motivações individuais e coletivas para o deslocamento
de pessoas, dentro e entre as cidades, escancarou um dos grandes e velhos problemas presentes
na sociedade brasileira, as desigualdades socioeconômicas que permeiam as relações
cotidianas, como as de trabalho, que pode ser traduzida, visualmente, na imagem dos diferentes
grupos sociais vulneráveis, aglomerados nas estações e dentro dos modais de transporte público,
visando acessar a cidade formal e obter os rendimentos econômicos necessários para sobreviver
nas selvas de concreto. Em suma, os municípios brasileiros apresentaram um paradigma no
comportamento da Covid-19 sobre os territórios, consistindo em duas etapas: a primeira com o
número inicial de casos registrados nas regiões mais consolidadas; enquanto na segunda etapa,
ocorre um declínio no número de novos casos nesta região, ao passo que se registra um
crescimento descontrolado de casos da doença nas regiões periféricas, acompanhado da
elevação acentuada de óbitos pela doença. Assim, o objetivo deste trabalho é a compreensão da
influência das desigualdades, refletidas no transporte público, para disseminação e efeitos letais
da Covid-19, nas zonas periféricas de Aracaju. A metodologia adotada para alcançar tal
objetivo, foi a realização de um conjunto de levantamento de dados, dentre eles: da mobilidade
urbana presente no Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Aracaju (PMDU) de 2015; das
informações socioeconômicas presentes no Censo Demográfico do IBGE de 2010; dos registros
diários e acumulados dos casos e óbitos em decorrência da Covid-19, disponibilizados pela
Secretária Municipal da Saúde de Aracaju e da Secretária de Estado da Saúde de Sergipe. O
levantamento dos dados em conjunto com a análise dos estudos já realizados, durante o período
pandêmico em questão e que conectavam os temas da mobilidade urbana, Covid-19 e as várias
faces da desigualdade, permitiram a formação de uma argumentação, para questionar a
possibilidade dos efeitos desiguais, presentes nos dados brutos da doença por bairros da capital
aracajuana, estarem relacionados com as desigualdades refletidas nas dinâmicas urbanas
cotidianas dos moradores periféricos, especialmente a do transporte público, que envolve muito
mais do que o trajeto A até B, mas a disposição dos equipamentos e sua acessibilidade, os locais
de origem e destino, as distâncias, as condições em que são feitas estas viagens. Diante disso,
esta dissertação inicia discutindo o direito à cidade, para compreensão dos possíveis impactos
negativos da imobilidade urbana, na população mais vulnerável. Em segundo momento, aborda
as questões socioeconômicas dos bairros de Aracaju e os processos que atuaram e continuam
atuando para a disposição territorial dos atrativos urbanos. E por fim, a análise dos dados
levantados, referentes à mobilidade urbana e à Covid-19, apresentaram uma possível relação
entre a disseminação de casos da doença, com os deslocamentos das pessoas através do
transporte público, bem como os efeitos desiguais da letalidade, relacionados com a disposição
dos equipamentos de saúde e condições socioeconômicas dos bairros e zonas de Aracaju.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2332875 - DEBORA DE BARROS CAVALCANTI FONSECA
Externo(a) à Instituição - HELENA MENDONÇA FARIA - UNIFEI - UNI
Interno(a) - 1647400 - JULIANA MICHAELLO MACEDO DIAS
Externo(a) à Instituição - NEISON CABRAL FERREIRA FREIRE - FUNDAJ
Interno(a) - 1752658 - RICARDO VICTOR RODRIGUES BARBOSA