PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Telefone/Ramal: 99662-2468

Banca de DEFESA: THIAGO BRUNO DE SOUZA SANTOS



Uma banca de DEFESA DE MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: THIAGO BRUNO DE SOUZA SANTOS
DATA: 28/04/2020
HORA: 14:00
LOCAL: On-Line
TÍTULO:

TRAÇOS DISTINTIVOS EM LÍNGUAS DE SINAIS: Uma revisão conceitual


RESUMO:

O conceito de traços distintivos foi fundamental para o desenvolvimento da Fonética e da Fonologia do século XX. Tanto a Fonologia Gerativa (CHOMSKY & HALLE, 1968), propondo uma fonologia linear, quanto a Fonologia Autossegmental (não linear) de Goldsmith (1972) e se utilizaram destes conceitos para apontar descobertas significativas sobre como funciona a língua neste nível de análise. Este conceito foi também utilizado pelas línguas de sinais, tendo como principais estudiosos, Johnson & Liddell (1989) e Brentari (1998), que propuseram uma explicação para o funcionamento da base articulatória das línguas de sinais a partir da Fonologia gerativa e autossegmental. Entretanto, por se tratar de um nível de análise que se distingue completamente de uma modalidade para a outra, se faz necessário aprofundar o conceito de traços de maneira que ele possa abarcar estas duas modalidades de língua (a oral e a gestual). Ao observar a proposta de estrutura autossegmental para o ramo Locação do Modelo Prosódico (BRENTARI, 1998), percebemos que há uma diferença quanto à natureza dos traços, se comparado com a proposição feita pela Fonologia Gerativa e Autossegmental. Este trabalho teve por objetivo propor um conceito de traços distintivo levando em conta as duas modalidades de língua (oral e gestual) a partir de uma revisão deste conceito desde as primeiras discussões no âmbito da fonética e da fonologia, passando pela proposta de Chomsky & Halle, e entrando nos estudos das línguas de sinais, do modelo paramétrico de Stokoe (1960) e chegando até o Modelo Prosódico brentariano. Além disso, propomos uma reorganização para o ramo Locação do Modelo Prosódico proposto por Brentari (1998). Utilizamos como aporte teórico a Fonologia Gerativa (CHOMSKY & HALLE, 1968), a Fonologia Autossegmental (GOLDSMITH, 1972), o Modelo Paramétrico (STOKOE, 1960) e o Modelo Prosódico (BRENTARI, 1998). Metodologicamente, realizamos uma revisão bibliográfica dos textos clássicos, apontando as principais contribuições para a fonética e para a fonologia. Da mesma forma, fizemos um percurso histórico com os estudos da base articulatória das línguas de sinais para então propor um conceito para os traços distintivos. Em seguida, propomos uma quantidade mínima de traços que possam dar conta dos pontos de articulação das línguas de sinais. Para isto, a partir de dados de intuição, escolhemos sinais e fizemos a descrição do sinal a partir dos traços. Por fim, chegamos a uma quantidade mínima de 5 traços que deram conta de descrever o ponto de articulação dos sinais na Libras. Os traços são [tronco], [superior], [alto], [baixo] e [central]. Para testar os traços, escolhemos pares de sinais com distinção mínima, dupla e tripla, que se distinguiam na Locação em diversos pontos de articulação e observamos que a diferença entre eles não está simplesmente no ponto de articulação, mas no traço interno ao ponto. Este trabalho permite que pesquisas nas línguas de sinais neste nível de análise sejam mais aprofundadas quanto a explicação de fenômenos como assimilação, coarticulação e de variação linguística, entre outros.


PALAVRAS-CHAVE:

Língua de sinais; Traços distintivos; Pontos de articulação.


PÁGINAS: 84
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3364615 - JAIR BARBOSA DA SILVA
Externo(a) à Instituição - ADEILSON PINHEIRO SEDRINS - UFAL
Externo(a) à Instituição - ANDERSON ALMEIDA DA SILVA - UFPI
Notícia cadastrada em: 05/05/2020 13:23
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