Análise Discursiva da constituição identitária negra em uma turma do Ensino Fundamental II: Afrovivências em Sala de Aula
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa etnográfica de base metodológica qualitativa (FLICK, 2013; MOITA LOPES, 1999; LÜDKE & ANDRÉ, 2004) realizada em uma turma de sétimo ano do ensino fundamental II de uma escola da rede pública de Maceió. Tenho como objetivo delinear uma reflexão teórica acerca da constituição identitária negra e de sua relevância em práticas de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa (GERALDI, 2003, 2010; SOUTO MAIOR, 2009), trazendo à baila análise discursiva (multifacetada) de produções discursivo-textuais (formulários étnico-raciais, relatos de opinião, ilustrações) obtidas através de aplicações de oficinas literárias afro-brasileiras em sala de aula. Para tanto, adoto a concepção Dialógica de Língua(gem) (BAKHTIN & VOLOSHINÓV, 2003; BAKHTIN, 1997) em interface com os postulados culturais (HALL, 2002; 2006); identitários (HALL, 2002; MOITA LOPES, 2002; 2006; LOPES, 1987; TEODORO, 1987); étnico-raciais (MUNANGA eles possuíam conhecimento elementar dos aspectos sócio-históricos e valorativos que engendram a constituição identitária étnico-racial, estando suas concepções identitárias arraigadas a antigos padrões visionários do senso comum predominantes na sociedade vigente e no espaço escolar. , 2002; 2003); coloniais (FANON, 2008; OLIVEIRA, 2020) e discursivos da Linguística Aplicada (FABRÍCIO, 2006; MOITA LOPES, 2002; 2006; SOUTO MAIOR, 2018; 2019; MAINGUENEAU, 2008; BIROLI, 2008). Com base nos Discursos Envolventes (SOUTO MAIOR, 2018; 2019) e nos indícios discursivo-linguísticos enunciados pelos sujeitos, evidenciou-se que
Constituição identitária negra. Discursos Envolventes. Ensino e Aprendizagem de Língua Portuguesa. Questões Étnico-Raciais.