PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Telefone/Ramal: 99662-2468

Banca de QUALIFICAÇÃO: JOAO PAULO MARTINS DE ALMEIDA



Uma banca de QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: JOAO PAULO MARTINS DE ALMEIDA
DATA: 19/10/2020
HORA: 14:00
LOCAL: web conferência
TÍTULO:

Democracia impedida: imprensa, memória e impeachment no Brasil


RESUMO:

A presente dissertação analisa o discurso da imprensa ao mobilizar os sentidos de “impeachment” no processo de afastamento de Collor e Dilma da Presidência da República. Partimos dos pressupostos teórico-metodológicos da Análise do Discurso para compreendermos como os dizeres sobre o impeachment trazem impressos a materialidade histórica na materialidade linguística. Para isso, primeiramente observamos as condições de produção do discurso jornalístico a respeito do impeachment, examinando como ele se processa no contexto histórico, analisando, assim, em que tipo de sociedade esse discurso se dá – uma sociedade que se organiza sob a égide da Formação Social Capitalista. A partir do corpus, constituído de materialidades oriundas de veículos de imprensa hegemônicos, acompanhamos o discurso dos jornais e revistas acerca do impeachment, bem como o que deles se pode extrair sobre as organizações sociais e políticas que o engendram. Sabe-se que a sociedade brasileira viveu dois momentos diferentes da experiência neoliberal, tendo o impedimento acompanhado tanto o início desse projeto quanto o seu aprofundamento. Os dois acontecimentos aqui estudados, separados entre si por mais de duas décadas, guardam nexos de memória, que resgatam sentidos já consolidados sobre o impeachment ao mesmo tempo em que inauguram novos significados, tendo como base o arranjo político-social dos campos progressista e conservador do Brasil na conjuntura de 2016. O enunciado “impeachment” é tomado como a sequência discursiva de referência (SDr) para a análise, consoante Courtine (2016), porque este dizer sobre o processo de impedimento organiza os outros enunciados pré-existentes sobre o assunto, ora reformulando-os, ora ressignificando-os. Fazemos um gesto interpretativo no intuito de apontar não apenas as possibilidades parafrásticas e polissêmicas de “impeachment”, mas também na perspectiva de indicar que esse dizer, quando se atualiza em conjunção com a memória, gera um acontecimento que discursiviza o impeachment como um instrumento da luta política de classes.


PALAVRAS-CHAVE:

 Impeachment. Imprensa. Mídia. Neoliberalismo. Discurso jornalístico. Análise do Discurso.


PÁGINAS: 126
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Teoria e Análise Lingüística

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1119849 - MARIA VIRGINIA BORGES AMARAL
Interno(a) - 2534411 - HELSON FLAVIO DA SILVA SOBRINHO
Interno(a) - 1695781 - SÓSTENES ERICSON VICENTE DA SILVA
Externo(a) à Instituição - SILMARA CRISTINA DELA DA SILVA - UFF
Externo(a) à Instituição - TATIANA MAGALHAES FLORENCIO - SEUNE
Notícia cadastrada em: 06/10/2020 16:08
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