PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Telefone/Ramal: 99662-2468

Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA DE FATIMA COSTA E SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA DE FATIMA COSTA E SILVA
DATA : 28/02/2024
HORA: 13:00
LOCAL: Micorsoft Teams
TÍTULO:

ANTÓNIO LOBO ANTUNES EM ARENA BAKHTINIANA:

Heteronímia e Polifonia nos romances Eu hei-de amar uma pedra e O meu nome é Legião

 


PALAVRAS-CHAVES:

António Lobo Antunes. Romance português contemporâneo. Heteronímia. . Polifonia. Desassossego. 


PÁGINAS: 112
RESUMO:

Esta pesquisa faz uma leitura teórica e crítica das obras Eu hei-de amar uma pedra (2004) e O meu nome é Legião (2007), do escritor português António Lobo Antunes, a fim de conceituar e exemplificar o que consideramos ser, nesta tese, um romance heteronímico no âmbito das literaturas de Língua Portuguesa. Observamos, nos romances antonianos publicados a partir dos anos 2000, uma constante necessidade do autor em trazer, para a arena romanesca, personagens que também são autores/as literários/as — uma heteronímia que incide na obra não apenas pela temática, mas sobretudo pela estética circunscrita na autonomia de um autor secundário (Bakhtin, 2006),   que cria a si, aos seus e ao seu criador — um tal de Lobo Antunes literário que é mencionado por suas personagens. Para tanto, sabemos que analisar a heteronímia romanesca somente se faz possível considerando-se a  grande reflexão teórica (e prática) que se formou a partir do fenômeno produzido por Fernando Pessoa, na primeira metade do século XX em língua portuguesa. Assim, esta pesquisa responde à leitura crítica feita por Casais Monteiro (1985) e Eduardo Lourenço (2017), que interpretam a heteronímia como “fenômeno literário”. Da mesma forma, aludimos à teoria romanesca de Mikhail Bakhtin nos três volumes que enformam a Teoria do Romance (2015; 2018; 2019), bem como Estética da Criação Verbal (2011) e Problemas da poética de Dostoiévski (2018), para melhor teorizarmos acerca dos cronotopos que sedimentam, no romance polifônico e alteritário, o fenômeno de instâncias autorais aqui discutido. À vista dessas reflexões, emerge a noção de escrita heteronímica do desassossego, forjada no bojo da “escrita do desassossego” (Medeiros, 2017), aliada às experimentações discursivas (Calvino, 1990) e ao "mal-estar" (Freud, 2020). Cumpre destacar que, além dos contributos já elencados, nos valeremos dos estudos de Ana Paula Arnaut (2009) e Carlos Reis (2004), dentre outros pesquisadores da fortuna crítica antuniana, que incitam o pensamento sobre: autoria, memória e guerra colonial. Por fim, com intuito dialógico mais abrangente, discutiremos acerca dos dialogismos entre composição e neobarroquismo que atravessam as obras do lusitano Lobo Antunes, do basco Miguel de Unamuno e da brasileira Juliana Leite.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1293059 - ANA CLARA MAGALHAES DE MEDEIROS
Interno(a) - 2088016 - CLEYTON SIDNEY DE ANDRADE
Interno(a) - 3060318 - KALL LYWS BARROSO SALES
Interno(a) - 3508522 - SUSANA SOUTO SILVA
Interno(a) - ***.668.256-** - IZABEL DE FATIMA DE OLIVEIRA BRANDAO - UFAL
Externo(a) à Instituição - SANDRA APARECIDA FERREIRA
Externo(a) à Instituição - VINCENZO RUSSO
Notícia cadastrada em: 26/01/2024 09:21
SIGAA | NTI - Núcleo de Tecnologia da Informação - (82) 3214-1015 | Copyright © 2006-2024 - UFAL - sig-app-4.srv4inst1 05/05/2024 10:19