PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Telefone/Ramal: 99662-2468

Banca de DEFESA: JOEL VIEIRA DA SILVA FILHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOEL VIEIRA DA SILVA FILHO
DATA : 21/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

NARRATIVAS ANCESTRAIS DE AURITHA TABAJARA E ELIANE POTIGUARA: MEMÓRIA, COSMOVISÃO E POLIFONIA NAS LITERATURAS INDÍGENAS


PALAVRAS-CHAVES:

Literaturas indígenas; Cosmovisão; Polifonia; Ancestralidade; Auritha Tabajara; Eliane Potiguara.


PÁGINAS: 162
RESUMO:

Esta dissertação estuda as literaturas de autoria indígena no Brasil contemporâneo. Para tanto, elegemos as obras Coração na aldeia, pés no mundo (2018) e A cura da terra (2015), das escritoras indígenas Auritha Tabajara e Eliane Potiguara, respectivamente, para destacar como as narrativas indígenas configuram novas formas de se observar o próprio indígena na cena literária, seja enquanto personagem, seja na condição autoral. Confronta-se, portanto, a realidade tradicional da literatura brasileira, em que esses sujeitos foram sempre postos à margem, representados como selvagens, bárbaros e atrasados. As obras corpora refletem marcas memoriais e ancestrais, bem como oferecem espaço para o debate teórico sobre polifonia e cosmovisão. Coração na aldeia, pés no mundo (2018) constitui-se como uma narrativa poética em formato de cordel que revela uma autobiografia ficcional em verso popular. Obra que rompe com a proposta canônica de diversas formas:  trata-se de uma mulher indígena que produz literatura de cordel e ainda se autoficcionaliza. A cura da terra (2015), por sua vez, apresenta os malefícios da dominação colonial, ao tempo em que destaca a resistência e a formação identitária, memorial e ancestral da criança indígena. O referencial teórico utilizado nesta pesquisa é, em grande parte, composto por pesquisadores indígenas – a exemplo de Graça Graúna, Márcia Kambeba e Daniel Munduruku – e brasileiros não indígenas que apoiam a luta desses povos, a exemplo de Maria Inês de Almeida, Heliene Costa e Janice Thiél. Outros estudiosos da literatura e da cultura, ainda que provenientes do universo eurocêntrico, serão acionados para a composição de um pensamento efetivamente dialógico, tais como Mikhail Bakhtin, Walter Benjamin, Paul Zumthor, Paul Hiebert, dentre outros, de forma a tecermos uma arena polifônica de vozes compromissadas com o reconhecimento e a valorização das literaturas dos povos indígenas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1293059 - ANA CLARA MAGALHAES DE MEDEIROS
Interno - 3060318 - KALL LYWS BARROSO SALES
Interna - 3508522 - SUSANA SOUTO SILVA
Externo à Instituição - CARLOS AUGUSTO DE MELO - UFU
Notícia cadastrada em: 27/01/2022 21:52
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