PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Telefone/Ramal: 99662-2468

Banca de QUALIFICAÇÃO: EDUARDO DE LIMA BESERRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDUARDO DE LIMA BESERRA
DATA : 01/06/2022
HORA: 09:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

Uma ponte dialógica entre as poéticas de Orides Fontela e Renata Pimentel: filosofia, corpo e terra na poesia que deambula


PALAVRAS-CHAVES:

Orides Fontela; Renata Pimentel; Poesia filosofante; Poesia terreiral; Dialogismo


PÁGINAS: 75
RESUMO:

Esta dissertação empreende uma leitura sobre as obras poéticas Transposição (1967), de
Orides Fontela, e Denso e leve como o voo das árvores (2015), de Renata Pimentel. Os
objetivos nucleares consistem em sondar e apreender os pontos de intersecção entre as duas
poéticas, antevendo como a segunda toma a primeira como elemento de alteridade, bem como
procura balizar o que cada poética determina dentro dos seus domínios. Nesse sentido, a
poesia de Orides se estabelece nos campos das abstrações, da simbologia e da condição
fenomênica do ser/existência, o que nos permite circunscrevê-la no que se denomina poesia
filosofante; com Renata, deparamo-nos com versos debruçados sobre as sutilezas das
concretudes da matéria e do corpo, via “cruzos” e “encruzilhadas” (aliados a saberes
ancestrais, cujo apoio teórico se faz pelos estudos de Simas e Rufino, 2019). Isso se dá no
movimento das similitudes por intermédio da responsividade ao “grande tempo” da literatura,
em que vemos laivos da poesia de Fontela na de Pimentel, dando-se, assim, o liame dialógico
pelo traço da filosofia. Em face disso, este estudo se vale, metodologicamente, da Literatura
Comparada, com foco na Antropofagia Cultural de Oswald de Andrade, a qual se institui, com
maior relevo, mediante a alteridade. Esses fatores de orientação são respaldados pela
Geopoesia (SILVA JR, 2020; 2021), empreendendo a imagem das flâneurs e o mecanismo
analítico da etnoflânerie, viabilizando-nos assimilar os movimentos discursivos e
pensamentais que as vozes instauradas nas poéticas em cotejo manifestam. Tais aspectos
situam este estudo na Crítica Literária Polifônica, que se arqueia perante a inteireza da vida de
homens e de mulheres por meio do desassossego histórico e social, muito clarividente no mal-
estar das civilizações e nos recessos da colonização. As arestas dessa perspectiva encontram
sustentação na teoria bakhtiniana (BAKHTIN, 2002; 2020), movendo conceitos nevrálgicos
para a investigação dos objetos artísticos aqui aferidos. Também consideramos as
contribuições teóricas de Jean Cohen (1974) e Hugo Friedrich (1978). Esses compassos nos
levam à estética do caos, que toma a matéria poética para responder ao mal-estar da cultura
pela palavra, pela imagem e pela ação artística, aludindo aos contornos multifacetados da arte
e às condições existenciais de suspensão, fragmentação, inquietação e transcendência
histórica dos indivíduos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1293059 - ANA CLARA MAGALHAES DE MEDEIROS
Interna - 3508522 - SUSANA SOUTO SILVA
Externa à Instituição - SHERRY MORGANA JUSTINO DE ALMEIDA - UFRPE
Notícia cadastrada em: 30/05/2022 09:13
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