PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Telefone/Ramal: 99662-2468

Banca de DEFESA: SIMONE NATIVIDADE SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SIMONE NATIVIDADE SANTOS
DATA : 30/01/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Meet
TÍTULO:

 O DISCURSO SOBRE A UNIVERSIDADE PÚBLICA E O SABER CIENTÍFICO EM MEIO AO NEGACIONISMO NO GOVERNO BOLSONARO


PALAVRAS-CHAVES:

Discurso. Universidade pública. Negacionismo. Ciência. Governo Bolsonaro.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

Esta tese analisa o funcionamento do discurso dos ministros da educação sobre a universidade e o saber científico durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022). Utilizamos, para tanto, a perspectiva teórico metodológica da Análise do Discurso materialista, dialogando com os trabalhos pioneiros de Pêcheux (1969, 1997, 1999, 2012, 2014) e Orlandi (2007, 2012, 2014), entre outros autores. O corpus da pesquisa é constituído de 23 (vinte e três) sequências discursivas extraídas da fala dos ministros da educação: Ricardo Vélez Rodríguez (01/01/2019 a 08/04/2019), Abraham Weintraub (08/04/2019 a 19/06/2020), Carlos Decotelli (25/06/2020 a 30/06/2020), Milton Ribeiro (16/07/2020 a 28/03/2022), Victor Godoy Veiga (18/04/2022 a 31/12/2022) retiradas das seguintes fontes: Site oficial do Governo Federal, revista Veja, Jornal Folha de São Paulo e rede social Twitter. A pesquisa mostrou que o governo Bolsonaro, representado por seus cinco porta-vozes, os ministros da educação em seus mandatos, se filia ao discurso anticientífico que não tem a menor pretensão de defender uma educação superior, pública e de qualidade. Predominou dizeres que enfatizavam que a classe trabalhadora deveria ocupar outros espaços como o ensino profissionalizante e que a universidade deveria ser elitizada e entregue a classe burguesa. Observa-se também que apesar do presidente Jair Bolsonaro ter substituído seus ministros com certa frequência, todos se inscreviam em uma certa unidade, pois defenderam em seus dizeres a restrição da universidade para poucos, aquilo que a classe dominante sempre desejou. Com isso, nota-se que este governo dá continuidade aos desmontes iniciados no Pós-Golpe de 2016, em que diversos direitos foram derrubados, sucateando cada vez mais a educação pública no Brasil. Em nosso gesto de interpretação, vimos também que o discurso negacionista atuou no funcionamento do discurso sobre a universidade, sobretudo durante a pandemia do coronavírus (Covid-19), quando a ciência foi duramente rechaçada pelo governo Bolsonaro. Como considerações finais constatamos que este governo privilegiou retrocessos nas políticas educacionais, atacou de forma veemente o ensino superior e a ciência. Através dos discursos dos cinco ministros da educação, levantou como bandeira o discurso negacionista. Este governo foi atravessado por incoerências, anacronismos e políticas neoliberais que esfacelaram direitos, no caso em estudo, direito à educação superior, pública e de qualidade.


MEMBROS DA BANCA:
Interno(a) - 2534411 - HELSON FLAVIO DA SILVA SOBRINHO
Interno(a) - 278.215.107-00 - BELMIRA RITA DA COSTA MAGALHAES - UFAL
Interno(a) - 269.196.304-78 - MARIA DO SOCORRO AGUIAR DE OLIVEIRA CAVALCANTE - UFAL
Externo(a) à Instituição - ANA LUIZA AZEVEDO FIREMAN - IFAL
Externo(a) à Instituição - JULIANA TEREZA DE SOUZA LIMA ARAUJO - UFAL
Externo(a) à Instituição - ANA PAULA SANTOS DE OLIVEIRA - IFRR
Externo(a) à Instituição - PATRÍCIA CRISTINA BRASIL MASSMANN - UNICAMP
Notícia cadastrada em: 24/01/2023 13:45
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