Banca de DEFESA: ROMILDO BARROS DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROMILDO BARROS DA SILVA
DATA : 11/04/2023
HORA: 09:30
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

ANÁLISE RETÓRICO-CONVERSACIONAL DOS ATOS VERBAIS E NÃO VERBAIS NO ACORDO RETÓRICO NO GÊNERO DEBATE POLÍTICO TELEVISIVO

PALAVRAS-CHAVES:

Acordo retórico. Debate político televisivo. Não verbais. Retórica.

PÁGINAS: 308
RESUMO:

O estudo dos elementos não verbais e verbais, bem como das categorias retóricas em uso no debate político televisivo constitui a meta desta pesquisa. A Retórica é compreendida como técnica de descobrir os meios adequados para persuasão pelo discurso (ARISTÓTELES, 2011). Os atos não verbais e verbais, por sua vez, são predeterminantes para esse fazer persuasivo, uma vez que os movimentos gestuais, bem como todo comportamento não verbal, em sua maioria, acentuam, complementam ou substituem entes discursivos da linguagem verbal (RICHMOND, MCCROSKEY; HICKSON, 2012). Dessa maneira, ao explorar o debate político televisivo das eleições presidenciais do ano de 2014, este estudo empreende uma análise retórica e conversacional da comunhão dos elementos verbais e não verbais desses debates e salienta a presença e (re)construção do acordo retórico, como categoria base, para todo estudo retórico, principalmente os que se voltam aos gêneros midiáticos e da esfera política. Como base teórica dos estudos retóricos, destacam-se as concepções de Aristóteles (2011), Mateus (2018), McKerrow (2012), Perelman e Olbrechts-Tyteca (2014), Platão (2003) entre outros. Nos estudos dos elementos não verbais, ressaltam-se os conceitos presentes em Oliveira (2021), Rector e Trinta (1999), Santos (2007) e (2004) entre outros. O gênero debate político televisivo é multimodal e permitiu a pesquisa qualitativa sobre o texto (transcrições de dois debates do segundo turno) e a imagem (capturas com gestos significativos) desenvolvida aqui, aos moldes de Flick (2009), Leach (2015) e Bauer e Gaskell (2015). Dois pontos centrais indicam a relevância deste estudo: o trabalho com gêneros multimodais e a sistemática da análise do acordo retórico em convergência com os elementos verbais e outras categorias retóricas, como os argumentos e os meios persuasivos. Assim, o trabalho evidenciou: a imanência de gestos ilustradores para inserir argumentos persuasivos e projetar as imagens dos debatedores (ethos); a escassez de comportamentos não verbais que contradizem o discurso verbal; a correlação entre elemento não verbal e as categorias retóricas, isto é, quando há gesto significativo, quase sempre, surge uma categoria retórica; a repetição de comportamentos não verbais e retóricos de modo interacional. Diante disso, está evidente o quanto os elementos retóricos atuam nas práticas de linguagem, principalmente nas políticas, como o debate. Nessa prática, a persuasão dos telespectadores (eleitores) é o alvo e, com isso em mente, os debatedores articulam a linguagem verbal e não verbal durante suas exposições. O acordo retórico entra nessa ação linguageira exatamente para organizar as teses dos debatedores, sustentando o ponto de partida e a negociação de relação (remota e discursiva) entre político (debatedor) e cidadão (público televisivo).

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 031.826.224-04 - MARIA FRANCISCA OLIVEIRA SANTOS - UFAL
Interno(a) - 111.168.034-53 - MARIA INEZ MATOSO SILVEIRA - UFAL
Interno(a) - 2378069 - SONIA CRISTINA SIMOES FELIPETO
Interno(a) - 3145736 - DEBORA RAQUEL HETTWER MASSMANN
Externo(a) à Instituição - EDUARDO PANTALEAO DE MORAES - UNEAL
Externo(a) à Instituição - CRISTIANO LESSA DE OLIVEIRA - CEFET-Al
Externo(a) à Instituição - ANA LÚCIA TINOCO CABRAL