PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Telefone/Ramal: 99662-2468

Banca de DEFESA: RAQUEL D ELBOUX COUTO NUNES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RAQUEL D ELBOUX COUTO NUNES
DATA : 26/07/2023
HORA: 09:30
LOCAL: Auditório Heliônia Ceres e Google Meet
TÍTULO:

CHIMAMANDA N. ADICHIE E CONCEIÇÃO EVARISTO: FERIDA COLONIAL, ECOFEMINISMO E SUAS INTERSECÇÕES EM HIBISCO ROXO E BECOS DA MEMÓRIA

 

 


PALAVRAS-CHAVES:

 Colonialidade. Decolonialidade. Ecofeminismo. Conceição Evaristo. Chimamanda Ngozi Adichie.


PÁGINAS: 222
RESUMO:

 

RESUMO

 

Esta tese tem por objetivo o estudo comparativo de dois romances contemporâneos – Hibisco roxo de Chimamanda Ngozi Adichie e Becos da memória de Conceição Evaristo, publicados em 2003 e em 2006, respectivamente. Com o advento do pós-colonialismo e do pós-estruturalismo, autoras/es afrodescendentes estão cada vez mais evidentes nas academias. O estudo tem sustentação teórica na perspectiva da colonialidade/decolonialidade e na ecocrítica feminista. Utilizo a metáfora “ferida colonial”, conforme Gloria Anzaldúa (2016 [1987]), para abordar a opressão legitimada e naturalizada contra mulheres afrodescendentes, via colonialidade de gênero, raça e classe social, categorias associadas à colonialidade do poder, que implantou um sistema de dominação de povos, baseado na premissa de que existem culturas hegemônicas e que se espalhou no mundo ocidental, tendo início com o colonialismo. A natureza também é associada à “ferida colonial”, devido à lógica capitalista que a considerou objeto de exploração humana. Divido este trabalho em três capítulos, sendo o primeiro introdutório, com considerações iniciais sobre os romances em articulação com os embasamentos teóricos, bem como a pesquisa da fortuna crítica de ambas narrativas. O segundo capítulo analisa os dois romances a partir da perspectiva da colonialidade/decolonialidade e da “ferida colonial”, considerando raça, gênero e classe social, segundo Cláudia de Lima Costa (2010, 2014), Luciana Deplagne (2020), Gloria Anzaldúa (2016 [1987]), María Lugones (2014 [2010], 2020 [2008]), Davis (2016 [1981]), Catherine Walsh (2009), entre outros textos. O terceiro capítulo discute a natureza como “ferida colonial” e questões relativas ao ecofeminismo, pertinentes na discussão dos romances, com embasamento na transcorporalidade de Stacy Alaimo (2000, 2010, 2017), na intra-ação de Karen Barad (2007) e em estudos ecocríticos feministas de Izabel Brandão (1997, 1999, 2003, 2007, 2017, 2019, 2020) e de Greta Gaard (2011, 2017), entre outras autoras. Nesse capítulo, abordo a ecocrítica feminista, flores e árvores, água e vento nos romances em tela. Esta tese, assim, contribui para a fortuna crítica de duas autoras afrodescendentes contemporâneas, conjugando o ecofeminismo e a decolonialidade, perspectivas importantes para uma crítica da cultura, bem como para fomentar a consciência de que a natureza e nós estamos muito mais do que conectadas/os – somos partes que se integram e se influenciam mutuamente. Os resultados apontam para as semelhanças entre as duas narrativas e para a relevância de se considerar particularidades interseccionais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 348.668.256-34 - IZABEL DE FATIMA DE OLIVEIRA BRANDAO - UFAL
Interno(a) - 1121063 - ILDNEY DE FATIMA SOUZA CAVALCANTI
Interno(a) - 3060318 - KALL LYWS BARROSO SALES
Externo(a) à Instituição - EDILANE FERREIRA DA SILVA
Externo(a) à Instituição - LUCIANA ELEONORA DE FREITAS CALADO DEPLAGNE - UFPB
Notícia cadastrada em: 11/07/2023 10:34
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