PPGLL PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM LINGUÍSTICA E LITERATURA FACULDADE DE LETRAS Telefone/Ramal: 99662-2468

Banca de QUALIFICAÇÃO: AUDA RIBEIRO SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AUDA RIBEIRO SILVA
DATA : 11/08/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

CRIME E ARQUIVO: UM ESTUDO COMPARADO DE COIVARA DA MEMÓRIA, DE FRANCISCO DANTAS, E ANGÚSTIA, DE GRACILIANO RAMOS


PALAVRAS-CHAVES:

Angústia. Coivara da memória. Crime. Narrador. Processo de escrita.


PÁGINAS: 80
RESUMO:

O texto que se apresenta é resultado de pesquisa de doutorado que se iniciou no mestrado, com base em leituras críticas de obras que compõem o corpus deste trabalho. Os romances selecionados compreendem as obras Angústia e Coivara da memória de Graciliano Ramos e Francisco Dantas, respectivamente. Tomando essas narrativas como norte, esta tese intenta investigar como se configura o crime nesse processo de escrita, ou seja, a busca por um crime, nas ditas obras, diz respeito ao que nós chamamos de crime como “mal de arquivo” fundamentados a partir da obra Mal de arquivo: uma impressão freudiana (2001), em que Derrida faz uma crítica à concepção clássica de arquivo, deslocando para o mal de arquivo que deixa de ter uma visão ontológica que registra um início e data uma história para movimentar-se por uma pulsão arquiviolítica. Nessa direção, o termo arquivo, no sentido atribuído por Derrida, tanto pode se referir ao arquivo maldito, como também no sentido mais aberto e revolucionário do lembrar e esquecer. Isso porque, em ambas as obras os rumores e as ameaças vão ganhando contextos diferentes e a violência surge em diversas faces, ou por assim dizer, as histórias são relembradas, e, portanto, são contadas a partir do ponto de vista dos narradores e de suas relações com a violência. Para tanto, a pesquisa apresenta-se em quatro capítulos, o primeiro tem como enfoque a recepção e a fortuna crítica de Graciliano Ramos e Francisco Dantas. Buscou-se discutir também, o lugar que ocupa Dantas enquanto autor e pesquisador que vem da herança da tradição, que escreve a partir de uma memória, que reelabora e transforma essa herança.  Assim como, apresentou-se um estudo do romance de 30, sobretudo, numa ótica regionalista. No segundo capítulo, abordou-se sobre o papel do narrador e as teorias do ponto de vista que ocupam uma posição fundamental nas ditas narrativas, cujos narradores ora atuam como sujeitos, ora atuam como objetos de suas memórias, visto ter no tempo uma linha tênue entre passado e presente. No terceiro capítulo, procurou-se analisar narrativa, violência e memória, numa perspectiva do crime propriamente dito, o crime como “mal de arquivo”. Por fim, o quarto capítulo, debateu-se sobre o crime enquanto jogo linguístico, ou seja, a materialização da memória através da escrita, visto que os narradores ao escrever um livro sobre a memória de suas vidas tentam, de certa maneira, redimir as próprias culpas.

 


MEMBROS DA BANCA:
Interno(a) - 1293059 - ANA CLARA MAGALHAES DE MEDEIROS
Interno(a) - 3508522 - SUSANA SOUTO SILVA
Externo(a) à Instituição - JEOVÁ SILVA SANTANA - UNEAL
Notícia cadastrada em: 31/07/2023 14:27
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