Escrita e linguagem em Alejandra Pizarnik
Palavras-chave: Alejandra Pizarnik; A extração da pedra da loucura; O inferno musical;
diários.
As obras A extração da pedra da loucura (1968) e O inferno musical (1971) da escritora
argentina Alejandra Pizarnik são caracterizadas pelo uso do poema em prosa e pela presença
de temas que beiram o obsceno, a morte e a linguagem, e diferem radicalmente dos seus
outros cinco livros publicados até então, nos quais predominavam os versos concisos.
Interessada pelo ponto de fratura que parece emergir a partir de 1968 em sua escrita, a
presente pesquisa interroga se as contradições são parte do projeto literário-estético da
escritora Alejandra Pizarnik, ou se marcam uma ruptura. Para tanto, iremos partir das suas
duas últimas obras e de algumas coordenadas traçadas a partir de seus diários (1968-1972)
como modo de leitura ao que insiste em testemunhar sobre sua relação com a linguagem, a
partir de sua prosa poética ordinária e cotidiana.