Banca de DEFESA: MARCILENE GLAY VIANA PESSOA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARCILENE GLAY VIANA PESSOA
DATA : 30/01/2024
HORA: 16:00
LOCAL: https://meet.google.com/ngu-epdd-qin e LAPEBIOS (Estádio Universitário da UFAL)
TÍTULO:

ASSOCIAÇÃO ENTRE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E RISCO CARDIOVASCULAR DETECTADO PELO ESCORE DE RISCO DE FRAMINGHAM EM PESSOAS VIVENDO COM HIV

PALAVRAS-CHAVES:

HIV; Antropometria; Distribuição de gordura corporal; Lipodistrofia; Risco cardiovascular.

PÁGINAS: 91
RESUMO:

O HIV pode provocar imunodeficiência, sendo a terapia antirretroviral (TARV) o tratamento eficaz para inibição desse vírus e preservação da função imunológica das pessoas vivendo com HIV (PVHIV). No entanto, a ação viral e efeitos adversos da terapia farmacológica podem provocar alterações metabólicas e morfológicas aumentando o risco cardiovascular. Nesse aspecto, a avaliação de composição corporal, a partir de indicadores antropométricos, é de grande importância na prática clínica devido à possível associação com a morbimortalidade em PVHIV. O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre indicadores antropométricos e risco cardiovascular em PVHIV. Trata-se de um estudo analítico, observacional do tipo transversal, desenvolvido em dois ambulatórios de referência em infectologia de Alagoas. Incluiu adultos (≥18 anos) cisgêneros, de ambos os sexos, com diagnóstico de infecção por HIV em assistência ambulatorial. Foram coletadas informações sociodemográficas, antecedentes pessoais, medidas antropométricas (massa corporal, estatura, perímetro de pescoço, cintura e quadril, a partir dos quais 11 indicadores antropométricos foram calculados), carga viral, linfócitos T CD4+, tempo e esquema de TARV, tempo de diagnóstico, dados bioquímicos (glicemia, colesterol total e HDL-c) e pressão arterial. Para o cálculo do risco cardiovascular definido pelo escore de Framingham, foram utilizadas as variáveis sexo, idade, tabagismo, diabetes melito e tratamento para hipertensão arterial sistêmica. Análises de regressão multivariável foram realizadas no STATA® v. 13.0 (p<0,05). Participaram do estudo 354 PVHIV, 41,2% feminino, com média de 42,7 ± 13,0 anos, 23,8% em uso de inibidores de protease (IP), 71,3% com carga viral indetectável e média de 566,4 ± 314,5 mm3 linfócitos T CD4+, sendo 79 indivíduos imunossuprimidos (CD4<350células/mm³) e 246 sem imunossupressão (CD4>350 células/mm³). Entre os participantes, 70,1% (n=248) têm baixo risco cardiovascular, 16,7% (n=59) e 13,3% (n=47) têm moderado e alto risco, respectivamente. Os indicadores antropométricos demonstraram correlações mais robustas com o risco cardiovascular, quando comparados com as variáveis bioquímicas e pressão arterial. Homens com HIV apresentaram coeficientes β* de associação maiores que mulheres com HIV. Entre os indicadores antropométricos analisados pela regressão multivariável, ajustados por covariáveis (escolaridade, nível de atividade física, renda, TARV e linfócitos T CD4+), o índice de conicidade (IC), a relação cintura-quadril (RCQ), o índice de forma corporal (IFC), a relação cintura-estatura (RCE) e o índice de redondeza corporal (IRC) foram aqueles que apresentaram relações significativas com o risco, apenas em homens (β*=0,4985; β*=0,4861; β*=0,4645; β*=0,4320; β*=0,4204, são, respectivamente, os betas padronizados dos indicadores). Nenhum indicador mostrou associação com as mulheres. Os indicadores antropométricos IC e RCQ de homens, mas não de mulheres, que vivem com HIV são associados ao risco cardiovascular independente dos fatores clínicos relacionados ao HIV, e apresentaram associações mais fortes (baseado no tamanho de efeito), sendo o RCQ o indicador com mais potencial de aplicação no contexto da prática clínica.

MEMBROS DA BANCA:
Externo(a) à Instituição - DIEGO AUGUSTO SANTOS SILVA - UFSC
Interno(a) - 4364569 - FABIANA ANDREA MOURA
Presidente - 1926612 - LUIZ RODRIGO AUGUSTEMAK DE LIMA