ESTRATÉGIAS DE SUPERCOMPENSAÇÃO E SUPLEMENTAÇÃO DE CARBOIDRATO AUTO-REPORTADA POR ATLETAS DE TRIATHLON
endurance, ciclismo, corrida, natação, ingestão de carboidrato, glicogênio muscular
O carboidrato possui um papel fundamental no exercício ao possibilitar a manutenção da glicemia, aumentar as taxas de oxidação total de CHO e preservar o glicogênio endógeno. É consenso na literatura que a ingestão de carboidratos pode otimizar o desempenho em provas de longa duração. Dessa forma, algumas diretrizes têm sido propostas quanto à quantidade, tipo e frequência de ingestão desse nutriente em relação ao exercício praticado. Considerando que o triathlon é um esporte que envolve ciclismo, corrida e natação, seus praticantes poderiam se beneficiar de estratégias nutricionais como a supercompensação e suplementação de carboidratos. Investigar sobre a adoção dessas estratégias por atletas de triathlon, bem como sua relação com o desempenho físico durante essa prova, torna-se relevante, uma vez que pouco se sabe sobre o conhecimento dos atletas dessa modalidade a cerca dessas estratégias e suas práticas durante os períodos de competição. Com o objetivo de contribuir com essa investigação, a presente dissertação, apresenta uma revisão da literatura sobre as estratégias de supercompensação e suplementação de carboidratos sobre provas de endurance, bem como, um artigo original intitulado “Estratégias de supercompensação e suplementação de carboidrato auto-reportada por atletas de triathlon”, com objetivo de investigar, de maneira auto reportada, a utilização das estratégias de supercompensação e suplementação de carboidrato por atletas de triathlon olímpico. A amostra foi composta por 72 triatletas, sendo 61 do sexo masculino e 11 do sexo feminino. Não foram identificadas diferenças no tempo de prova entre a utilização de supercompensação e/ou suplementação (p = 0,747) e nem no tempo de prova considerando o tipo de supercompensação (p = 0,718), também não foram encontradas diferenças entre a quantidade de CHO (p = 0,173) e o tipo de suplementação ingerida durante a prova (p = 0,649), bem como, a presença de desconforto gástrico (p = 0,903). A supercompensação e/ou suplementação de CHO parece não influenciar sobre o desempenho em provas de triathlon olímpico.