O PAPEL DAS TERAPIAS ANTIOXIDANTES ORAIS PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DA PRÉ-ECLÂMPSIA: UMA META-ANÁLISE ATUALIZADA
Gravidez; Pré-Eclâmpsia; Estresse Oxidativo; Antioxidante.
A pré-eclâmpsia (PE), é considerada uma das principais causas de morbimortalidade materma e fetal em todo o mundo e, apesar da sua importância sobre a saúde materna e fetal, ainda não existe consenso na literatura acerca das melhores estratégias clínicas e nutricionais para sua prevenção e/ou tratamento. No entanto, mesmo diante de controvérsias, a suplementação com antioxidantes tem sido considerada para atenuar danos promovidos pelo estresse oxidativo envolvido na fisiopatologia da doença. Esta dissertação apresenta inicialmente um capítulo de revisão da literatura que visa discutir os aspectos etiológicos e o envolvimento do estresse oxidativo no desenvolvimento da PE, bem como o papel terapêutico dos antioxidantes sobre a doença. Em seguida, é apresentado um artigo original cujo objetivo é realizar uma meta-análise atualizada das terapias antioxidantes orais e determinar se elas são eficazes na prevenção e/ou tratamento da PE. Trata-se de uma metanálise onde foram pesquisadas as bases de dados PubMed, Cochrane Central Register of Controlled Trials, LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Web of Science e ScienceDirect e nos estudos considerados elegíveis, com base nos critérios de inclusão, foram realizadas a extração de dados e a análise de risco de viés. Para as análises estatísticas, foram utilizados o cálculo do risco relativo (RR) para cada desfecho, entre os grupos, o método de Mantel-Haenszel para atribuição dos pesos de cada estudo e os cálculos foram baseados em um modelo de efeitos aleatórios, adotando um valor α=0,05. Para avaliação da heterogeneidade foram utilizados o teste Cochran Q para e a inconsistência foi testada usando a estatística I². Foi adotado um p<0,1 para o teste Q de Cochran quando a heterogeneidade foi julgada importante. Foram identificados resultados significativos relacionados à incidência de PE nos estudos de prevenção (RR: 0,86, Intervalo de Confiança de 95% : [ 0,75, 0,99] , p = 0,03; I ² = 44%, p = 0,02) e nos resultados associados aos estudos de tratamento, apenas para restrição do crescimento intrauterino mostrou ter efeitos significativos.