NÍVEIS PLACENTÁRIOS E NO CORDÃO UMBILICAL DE FATOR DE CRESCIMENTO DO ENDOTÉLIO VASCULAR EM GESTAÇÕES COM PRÉ-ECLÂMPSIA E SUA RELAÇÃO COM DESFECHOS MATERNOS E FETAIS
Fatores raciais; Extratos placentários; Cordão Umbilical; Índice de ápgar.
O objetivo deste trabalho é analisar os níveis de Fator de Crescimento do Endotélio Vascular (VEGF) placentário e do cordão umbilical e avaliar a relação destes com a presença de desfechos maternos e fetais em gestações com PE. Estudo transversal realizado com gestantes com e sem PE. Os níveis de VEGF foram obtidos a partir dos extratos da placenta e do cordão umbilical utilizando o ensaio de imunoabsorção enzimática (ELISA), sendo estes comparados segundo variáveis maternas e fetais. As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do pacote estatístico SPSS (Statistical Package for Social Science) versão 20.0, adotando um alfa igual a 5%. Foram avaliadas 100 gestantes com PE e 50 sem a doença, sem diferença estatística quanto aos níveis de VEGF placentário e no cordão umbilical entre esses grupos (p>0,05). No entanto, houve significância estatística entre os níveis placentários de VEGF e raça negra (82,412 pg/mL PE vs 788,183 pg/mL controle, p de interação 0,02) e baixo ápgar no 5º minuto (1806,498 pg/mL vs 57,317 pg/mL, p de interação 0,01). A razão entre os níveis de VEGF placenta/cordão umbilical apresentou significância estatística com peso ao nascer (p de interação 0,04). Assim, os níveis placentários de VEGF se relacionaram com variáveis maternas e desfechos fetais, contudo a razão entre os níveis de VEGF placenta/cordão umbilical entre os grupos demonstrou que há um possível mecanismo adaptativo entre os níveis deste marcador e os diferentes tecidos gestacionais, além de ter se mostrado sensível para detecção de outros desfechos associados aos níveis de VEGF, ressaltando a importância da análise concomitante entre placenta e cordão umbilical em gestações com PE.