Banca de DEFESA: LÍDIA BEZERRA BARBOSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LÍDIA BEZERRA BARBOSA
DATA : 23/02/2022
HORA: 13:30
LOCAL: Sala virtual do Google meet
TÍTULO:

Consumo alimentar e associação com a síndrome metabólica e seus componentes: estudo de base populacional com mulheres quilombolas do estado de Alagoas, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Síndrome metabólica. Alimento in natura. Dieta Ocidental. Grupo com Ancestrais do Continente Africano. Dieta Saudável


PÁGINAS: 197
RESUMO:

Padrões alimentares pouco saudáveis, aliados a um estilo de vida sedentário, contribuem para o aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), a exemplo da síndrome metabólica (SM). A relação entre SM e padrão alimentar tem sido evidenciada em vários estudos, seja para indicar o efeito protetor dos alimentos ou para demonstrar os riscos para o seu desenvolvimento. Conhecer essas relações é importante para o planejamento de ações de promoção da saúde. Contudo, não existem estudos com essa abordagem especificamente envolvendo os povos quilombolas, particularmente, aqueles pertencentes ao estado de Alagoas. Diante disso, essa tese foi desenvolvida com o objetivo de explorar as relações entre os padrões alimentares, consumo de alimentos ultraprocessados e a associação desses com a SM e seus componentes. Para isso, redigiu-se um capítulo de revisão da literatura a fim de apresentar os fundamentos teóricos sobre a temática em questão e elaboraram-se três artigos originais, os quais compõem o capítulo de resultados. No primeiro artigo, intitulado “Padrões alimentares associados à síndrome metabólica e seus fatores de risco, segundo a raça/cor da pele: revisão sistemática com metanálise”, obteve-se as seguintes conclusões: o padrão alimentar “Saudável” reduz a chance de SM em indivíduos adultos, independentemente do sexo e etnia; um padrão alimentar não saudável está associado a maior chance de desenvolvimento de desfechos relacionados à SM, isso nos estudos que envolveram homens e mulheres da população em geral, naqueles só com  mulheres e, também, quando o público alvo era formado exclusivamente por homens e mulheres afrodescendentes. O segundo artigo (Padrões alimentares de mulheres quilombolas e sua associação com a síndrome metabólica: estudo transversal de base populacional, Alagoas, Brasil) foi baseado em um inquérito domiciliar de base populacional envolvendo amostra probabilística de 895 mulheres (19 e 59 anos) de comunidades quilombolas alagoanas. Verificou-se que 48,3% tinham SM. Identificaram-se 7 padrões alimentares, mas nenhum se associou à SM. Associação negativa foi verificada entre o padrão carnes e feijões com a hipertrigliceridemia (RP=0,76; IC95%: 0,58-0,99), assim como também entre o padrão laticínios e caldos proteicos em relação à hiperglicemia (RP: 0,68; IC95%: 0,49-0,93) e à baixa-HDL (RP: 0,80; IC95%: 0,80-0,99). O maior consumo do padrão cereais/raízes, óleos e infusões (RP: 1,10; IC95%: 1,01-1,19) e o baixo consumo do padrão frutas (RP: 1,10; IC95%: 1,02-1,20) se associaram à maior prevalência de obesidade abdominal. Concluiu-se que o padrão “laticínios e caldos proteicos” foi fator de proteção contra baixo-HDL e hiperglicemia, assim como o padrão carnes e feijões em relação à hipertrigliceridemia. Todavia, a elevada adesão ao padrão cereais/raízes, óleos e infusões e a baixa adesão ao padrão frutas foram fator de risco para obesidade abdominal. O terceiro artigo, intitulado “Consumo de alimentos ultraprocessados e síndrome metabólica: estudo transversal em comunidades quilombolas de Alagoas, Brasil”, foi oriundo do mesmo inquérito referido para o segundo artigo. Verificou-se que a média do percentual de ingestão energética total proveniente dos alimentos ultraprocessados foi de 15,9%. Menores Escores NOVA se associou a menores prevalências de hiperglicemia e baixo-HDL. O maior consumo de ultraprocessados se relacionou a maior prevalência de hipertensão arterial (RP=1,30; IC95%: 1,06-1,61). A conclusão foi de que o maior consumo de alimentos ultraprocessados apresentou associação positiva com a prevalência de hipertensão arterial, enquanto que um menor Escore Nova foi fator de proteção contra a hiperglicemia e baixo HDL. Esses resultados podem ser usados como orientação para o desenvolvimento de intervenções nos âmbitos clínico e epidemiológico. Estudos adicionais sobre o consumo alimentar da população negra, particularmente das comunidades quilombolas, são necessários para o melhor entendimento dos hábitos alimentares desse contingente populacional.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1120877 - HAROLDO DA SILVA FERREIRA
Interna - 1851685 - ALANE CABRAL MENEZES DE OLIVEIRA
Externa ao Programa - 1120995 - SANDRA MARY LIMA VASCONCELOS
Externa à Instituição - Poliana Coelho Cabral
Externa à Instituição - JAMILE FERRO DE AMORIM
Notícia cadastrada em: 11/02/2022 10:30
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