FREQUÊNCIA DA SÍNDROME METABÓLICA E SEU IMPACTO SOBRE A QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM SERVIÇO DE REUMATOLOGIA DE ALAGOAS
Artrite Reumatoide, Síndrome Metabólica, Risco Cardiovascular, diagnóstico precoce, Qualidade de Vida
Introdução: Pacientes com artrite reumatoide (AR) têm aterosclerose acelerada e elevado risco de morbimortalidade prematura por doença cardiovascular (DCV). A síndrome metabólica (SMet), conjunto de fatores associados a maior risco de DCV, tem frequência maior nesses pacientes, devido ao processo inflamatório da AR. Objetivo: estimar a frequência da SMet e seu impacto na qualidade de vida em amostra de pacientes com e sem AR atendidos em uma unidade de reumatologia de Alagoas. Métodos: Pacientes ambulatoriais com e sem AR foram avaliados com relação a dados demográficos, clínicos, laboratoriais, antropométricos e qualidade de vida. O critério utilizado para definir a AR foi o adotado pelo Colégio Americano de Reumatologia em colaboração com a Liga Europeia contra o Reumatismo (2010), e o critério utilizado para identificar a SMet foi o da versão Harmonizada de 2009. Resultados: selecionou-se 70 pacientes, dos quais 45 casos e 26 controles, sendo triados e subdivididos em 20 casos, 24 casos com SMet, 16 controles e 10 controles com SMet. A frequência da SMet na AR foi de 54% nos pacientes com AR e de 38,4% nos pacientes sem AR. Pacientes com AR apresentaram níveis mais elevados de HDL-c e pior qualidade de vida. Conclusão: Com base no conhecimento atual, é possível afirmar que a frequência da SMet foi maior nos pacientes com AR em relação aos pacientes sem AR e esse processo foi associado à atividade inflamatória da AR. Além do mais, foi observado maior comprometimento da qualidade de vida dos indivíduos com AR e SMet quando comparados com os indivíduos CT com e sem SMet.