A TRAJETÓRIA DE GRAFITEIROS NA CONSTITUIÇÃO DE UM FAZER-ARTE.
Essa pesquisa busca investigar a trajetória de jovens grafiteiros na cidade de Maceió, analisando como se constroem uma identidade grafiteira. A partir disso tento evidenciar os limites e tensões que vão se constituindo nesse trajeto. De tal modo que elementos como o Hip Hop, profissionalização, arte e criatividade, são cenários que vão se compondo a partir de suas trajetórias. Portanto, tento evidenciar as respostas que eles vão dando aos desafios colocados pelo cotidiano e pelos contextos nos quais estão circulando. Neste sentido, buscar olhar as trajetórias para compreender como essas respostas são dadas, a partir dos diversos contextos apresentados. Penso que observar a produção de uma identidade grafiteira poderá produzir respostas sobre como esses jovens vem construindo seus projetos de vida e quais embates são colocados para eles. Além disso, propiciando desvendar a noção de “grafiteiros” como algo homogêneo, tentando entender que existem muitas formas de ser grafiteiro. Por outro lado tento demonstrar que essa trajetória é produzida a partir de assimetrias que revelam contextos de desigualdades sociais e raciais, que atingem os contextos das juventudes. Assim, minha pergunta de pesquisa é como os grafiteiros lidam com os desafios colocados no trajeto da constituição de um ser grafiteiro? Demonstrando como os projetos de profissionalização da criatividade são campos dos possíveis e se apresentam como saídas para alinhar trabalho com aquilo que gostam. Nesse sentido, os contextos de trabalhar com arte se apresentam como campos dos possíveis, apesar dos tensionamentos que se apresentam com a cultura de rua.
Trajetórias, Identidade, Juventude, Graffiti.