MULHERES SURDAS EM ALAGOAS: INCLUSÃO SOCIAL E RECONHECIMENTO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE COMBATE À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
mulheres surdas, violência doméstica e políticas públicas; mulheres surdas, inclusão social, políticas públicas e teoria do reconhecimento.
A presente pesquisa investiga como se apresenta o processo de formulação e a participação social das mulheres surdas nas políticas públicas de combate à violência doméstica em Alagoas, no intuito de descobrir como estas podem interferir nas percepções identitárias dessas mulheres enquanto sujeitos sociais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, envolvendo análise histórica, pesquisa documental, acesso a fontes de dados quantitativos e a utilização da técnica de entrevistas narrativas. Apresenta em seu desenvolvimento, uma pesquisa bibliográfica que aborda temas como a evolução dos estudos sobre deficiência, discorrendo sobre a importância do movimento social das pessoas com deficiência na construção normativa que lhes garantam a participação plena na sociedade, momento em que se dá realce ao movimento “nada sobre nós sem nós” e ao movimento surdo, quando dentro do movimento social das pessoas com deficiência luta pelo reconhecimento das suas especificidades. Apresenta a importância da construção de uma agenda política inclusiva que contemple a todos os grupos sociais, a partir de uma perspectiva que preze pela participação social dos indivíduos nessa formulação. Faz uma análise documental das políticas públicas de combate a violência doméstica e nos projetos de leis voltados para as pessoas com deficiência, existentes no estado de Alagoas, como o intuito de identificar a participação da comunidade surda e o papel dos atores políticos no encaminhamento e na formulação dessas políticas. Desenvolve reflexões sobre como as práticas de significação produzem significados que envolvem relações de poder, incluindo o poder de definir quem é incluído e quem é excluído, fator determinante para a compreensão de como a cultura molda a identidade dos indivíduos, ao dar sentido à experiência e ao tornar possível que estes optem, entre as várias identidades possíveis, por um modo específico de subjetividade. Para isso, utiliza a perspectiva teórica sobre políticas de identidade e a Teoria do Reconhecimento em Axel Honneth.