Microbiota Fecal de Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2 após uso de Probióticos: Uma Revisão Sistemática e Metanálise
Diabetes mellitus tipo 2, Probióticos, Microbiota Intestinal, Revisão Sistemá- tica, Metanálise
Contexto: A incidência de diabetes mellitus aumentou acentuadamente e sua prevalência representa uma grande ameaça à saúde global. A microbiota intestinal humana se refere aos micróbios que colonizam o intestino e participam de várias funções que beneficiam o hospedeiro. Estudos sugerem que probióticos podem ser administrados em alterações do microbioma diabético para restaurar a composição da microflora intestinal. Esta revisão sistemática tem como objetivo avaliar a eficácia da administração de probióticos em pessoas com diabetes mellitus do tipo 2.
Métodos: A revisão sistemática foi conduzida com o objetivo de avaliar os resultados de Ensaios Clínicos Randomizados (ECR’s) sobre alterações microbianas intestinais em pessoas com diabetes mellitus do tipo 2 após a administração de probióticos. Considerou-se cinco bancos de dados da literatura (EMBASE, MEDLINE, ISI - Web of Science, Scopus e CENTRAL). O protocolo que delimita este trabalho foi registrado em PROSPERO (International Prospective Register of Systematic Reviews).
Resultados: 973 registros foram identificados durante a pesquisa bibliográfica. Após a revisão dos títulos e resumos, 58 publicações foram selecionadas para a leitura completa dos textos, dos quais apenas 4 atenderam aos critérios de seleção e foram incluídas para metanálise. A análise de qualidade metodológica classificou 2 estudos como "alto risco de viés", 1 como "algumas preocupações"e 1 "baixo risco de viés". Os 4 estudos mostraram mudanças de alguns gêneros de bactérias após a intervenção com probióticos.
Conclusões: Osresultadosobtidosapartirdessarevisãosistemáticaemetanálisesugerem que o efeito de suplementos probióticos na microbiota intestinal de pacientes diabéticos tem resultado inconclusivo e que se faz necessário um quantitativo maior de Ensaios Clínicos Randomizados que amplie o número de participantes, com intervalo temporal mais longo e que forneça informações detalhadas quanto a diversidade da microbiota intestinal para avaliar, completamente, o tamanho do efeito desta terapia no tratamento da diabetes mellitus do tipo 2.