Banca de QUALIFICAÇÃO: GLEICE PEREIRA DA SILVA



Uma banca de QUALIFICAÇÃO DE MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: GLEICE PEREIRA DA SILVA
DATA: 27/09/2019
HORA: 15:30
LOCAL: ICHCA - Sala de Pós Graduação
TÍTULO:

Gênero, Raça e Classe: Um olhar interseccional sobre o PCB (1922-1938)


RESUMO:

A pesquisa aqui apresentada propõe como objetivo principal analisar, a partir de um olhar interseccional, os cruzamentos de gênero, raça e classe no Partido Comunista do Brasil (PCB) e a ausência das mulheres negras na historiografia oficial sobre o partido. Em 1919, após a Revolução Russa, foi criada a Internacional Comunista, que se tornou durante os anos de 1920 e 1930 a principal aglutinadora dos interesses do movimento de mulheres comunistas. O PCB, fundado em 1922, e aceito nos quadros da IC em 1924, estava inserido na lógica desse movimento internacional de mulheres. O PCB também estava sob a influência das diretrizes do orgão em relação às questões raciais, embora nem sempre atendesse as exigências do órgão. Para atingir esses objetivos considero pertinente contextualizar historicamente as contribuições dos movimentos de mulheres, que se iniciaram no século XIX, e o desenvolvimento dos estudos feministas, iniciados na década de setenta. Esse curso foi tomado para refletir que é impossível falar de estudos interseccionais sem considerar os percursos históricos que possibilitaram a conceituação da interseccionalidade, fundamental para a elaboração desta pesquisa. Narrar a trajetória desses movimentos e das mulheres que neles atuaram só foi possível graças às mudanças ocorridas na historiografia a partir dos anos setenta do século passado, quando finalmente as mulheres emergem como personagens históricos expressivos. Esse movimento de inclusão das mulheres na historiografia estava inserido em um contexto mais amplo de tranformações ocorridas na própria disciplina da história, no desenvolvimento do movimento feminista e na crescente inserção das mulheres nas profissões acadêmicas. A partir dos anos oitenta, o conceito de “gênero” emergiu como uma categoria de análise histórica capaz de romper as barreiras descritivas e homogeneizantes da história das mulheres. A interseccionalidade emerge das lutas do feminismo negro americano como uma crítica aos estudos de gênero e ao feminismo da Segunda Onda que não reconheciam as convergências entre diversas opressões as quais as mulheres negras eram submetidas, como o racismo, o heterossexismo e a opressão de classe. Para alcançar os objetivos desta pesquisa será utilizada uma série de documentos da Internacional Comunista presentes no Arquivo Edgard Leuenroth, algumas edições do periódico A Classe Operária e algumas edições dos periódicos do acervo da Imprensa Negra Paulista. Também será analisada a produção cultural do partido no período estudado, a historiografia sobre o Partido Comunista do Brasil e a história das mulheres negras no pós-abolição.


PALAVRAS-CHAVE:

PCB. Historiografia. Interseccionalidade


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil República

MEMBROS DA BANCA:
Interno(a) - 1837208 - ARUA SILVA DE LIMA
Interno(a) - 3006910 - ELIAS FERREIRA VERAS
Externo(a) ao Programa - 1359698 - ANA CLAUDIA AYMORE MARTINS
Notícia cadastrada em: 30/08/2019 21:57
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