Banca de DEFESA: FÁBIO BARBOSA DA SILVA



Uma banca de DEFESA DE MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: FÁBIO BARBOSA DA SILVA
DATA: 25/03/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Instituto de ciências Humanas, Comunicação e Artes - ICHCA/UFAL
TÍTULO:

"MEIO AMBIENTE E TRABALHO: RUPTURAS NO SISTEMA PRODUTIVO NO SUL DA ZONA DA MATA ALAGOANO(1950-1980)"


RESUMO:

Com a criação do Instituto do Açúcar e do Álcool - IAA, o Estado brasileiro assumiu amplamente o controle sobre o cultivo e processamento da cana de açúcar. A partir de meados do século XX, uma série de fatores contribuíram para a criação de um cenário otimista para a exportação do açúcar brasileiro. Dentre estes fatores, é possível destacar a desestruturação da produção europeia de açúcar de beterraba, ao fim da II Guerra Mundial,e a abertura do mercado consumidor norte-americano, após a Revolução Cubana e o consequente rompimento entre Estados Unidos e Cuba. Em meio a este cenário otimista, a usina Sinimbu iniciou um processo bem-sucedido de fertilização dos tabuleiros localizados no Sul da Zona da Mata alagoana, com o objetivo de adaptar esses espaços ao cultivo de cana de açúcar. Na década de 1970 o IAA intensificou os estímulos financeiros e fiscais para a ampliação e concentração de canaviais por parte das usinas. Neste contexto, a região no entorno dos tabuleiros do Sul da Zona da Mata alagoana passou a representar um espaço privilegiado para implantação de usinas, e para a ampliação dos canaviais daquelas já instaladas. A transferência e incorporação de cotas de produção de açúcar para as usinas da região desencadeou uma clara ruptura no que diz respeito ao papel da cana de açúcar naquele espaço, nas relações de trabalho e na interação entre os homens e o meio ambiente no espaço próximo aos tabuleiros. Esse período marcou a supressão dos engenhos pelas usinas e a substituição dos senhores de engenhos pelos usineiros no topo da pirâmide social. Os canaviais avançaram pelos tabuleiros substituindo a vegetação nativa, empurrando os rebanhos de bovinos para os vales dos rios e transformando os meios de acesso à terra por parte das populações rurais. As usinas locais passaram a representar o principal locus do desenvolvimento e da oferta de trabalho assalariada, atraindo para a sua proximidade um expressivo contingente humano que adensou os centros urbanos já existentes e deu origem a novos. Este trabalho objetiva analisar este processo de expansão da atividade canavieira no Sul da Zona da Mata alagoana durante as décadas de 1950, 1960 e 1970, enfatizando os aspectos mais salientes que marcaram as rupturasnas relações entre os homens, e entre estes e o espaço a sua volta, no contexto da região estudada.

PALAVRAS-CHAVE: Alagoas; cana de açúcar; expansão; IAA.


PALAVRAS-CHAVE:

Alagoas. Cana de açúcar. Expansão. IAA.


PÁGINAS: 186
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil República

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2089023 - ANTONIO ALVES BEZERRA
Interno(a) - 1336123 - OSVALDO BATISTA ACIOLY MACIEL
Interno(a) - 057.062.074-02 - RODRIGO JOSE DA COSTA - UFPE
Externo(a) ao Programa - 1120864 - CICERO PERICLES DE OLIVEIRA CARVALHO
Notícia cadastrada em: 05/03/2020 15:02
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