“CRISE DOS BRAÇOS”: ESCRAVIDÃO, ECONOMIA E IMIGRAÇÃO EM ALAGOAS (1850-1888)
A lei Eusébio de Queiroz, que estabeleceu o fim do comércio negreiro em 1850, deu
início a um processo que determinou a diminuição progressiva dos braços escravos na
Província de Alagoas. Em junção a isso, a crise do açúcar, fugas dos escravizados e a
cólera fizeram parte do cenário da região durante a segunda metade do século XIX.
Esses e outros fatores, foram apontados pela elite política e agráaria como preocupantes
para o desenvolvimento da lavoura. De acordo com esse grupo, essas condições
acarretaram em uma crise de trabalhadores e, para reverter tal quadro, a busca por
imigrantes foi a opção escolhida pela administração provincial, principalmente na
década final da escravidão. O objetivo era suprir a necessidade de mão-de-obra no
trabalho agrícola trazendo imigrantes, já que havia uma desvalorização do trabalhador
nacional livre que era tachado como preguiçoso e incapaz de obedecer às regras do
trabalho formal. Logo, a pesquisa aqui proposta pretende compreender como procedeu
Alagoas diante dessa conjuntura.
Crise dos braços; escravidão; Alagoas