Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA VALERIA DOS SANTOS SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA VALERIA DOS SANTOS SILVA
DATA : 31/01/2024
HORA: 09:00
LOCAL: On-line
TÍTULO:

ENTRE INVISIBILIDADE E PROTAGONISMO: PARTICIPAÇÃO POLÍTICA DE MANINHA XUKURU KARIRI NO MOVIMENTO INDÍGENA (1988-2006) 


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Indígenas mulheres, Liderança, Movimentos Indígenas.


PÁGINAS: 176
RESUMO:

Esta pesquisa discute a trajetória política de Maninha Xukuru Kariri no movimento indígena. A sua inserção neste movimento iniciou em Recife a partir da defesa da saúde diferenciada e de qualidade para os povos originários, ainda em um período onde buscava vencer na vida a partir da formação acadêmica. Todavia, ao buscar vencer na terra alcançou notoriedade em um período em que poucas indígenas mulheres conquistaram tais feitos. Foi a única mulher a compor a comissão principal da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME), por meio da organização contribuiu para o reconhecimento étnico, retomada e articulação política dos povos que englobam a organização. Foi responsável pela retomada da Mata da Cafurna, território sagrado do seu povo, a partir deste feito tornou-se principais alvos dos fazendeiros invasores da região, mesmo com o perigo iminente foi resistência e não abandonou seu povo. Por conseguinte, tornou-se liderança indígena em contexto nacional ao ingressar no Conselho de Articulação dos Povos e Organização Indígena do Brasil (CAPOIB), e por meio dele, desenvolveu estratégias nos países europeus contra o decreto 1775/96 promulgado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1996. Nos anos 2000 participou de mobilizações nacionais contra as comemorações dos 500 anos do “descobrimento” do Brasil. Por meio da suas ações políticas foi convidada a participar do governo Lula no cargo de assessora da FUNAI, porém recusou o convite por acreditar que ao lado dos seus parentes defenderia com mais veemência os direitos dos povos indígenas. Além disso, foi indicada ao prêmio “1000 mulheres para o Prêmio Nobel da Paz”, em 2005. Deste modo, esta pesquisa dialoga com a história decolonial e com o campo da história das mulheres através de autores como Smith (2018), Quijano (2019), Mignolo (2007), Lugones (2014), Scott (1992), Sampaio (2021), Ramos (2019). A fim de compreender as ações de Maninha Xukuru Kariri no interior do movimento enquanto indígena mulher em um período que poucas alcançaram a posição de liderança política em organizações indígenas.   


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1992329 - MICHELLE REIS DE MACEDO
Interno(a) - 3006910 - ELIAS FERREIRA VERAS
Externo(a) à Instituição - ELIENE DOS SANTOS RODRIGUES - PUTIRA SACUENA - UFPA
Externo(a) à Instituição - ALDEMIR BARROS DA SILVA JUNIOR - UNEAL
Notícia cadastrada em: 15/01/2024 08:43
SIGAA | NTI - Núcleo de Tecnologia da Informação - (82) 3214-1015 | Copyright © 2006-2024 - UFAL - sig-app-1.srv1inst1 02/05/2024 19:05