Banca de QUALIFICAÇÃO: VERÔNICA ARAÚJO MENDES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : VERÔNICA ARAÚJO MENDES
DATA : 05/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: On-line
TÍTULO:

 

 

INDÍGENAS MULHERES NA HISTÓRIA: ITINERÁRIOS BIOGRÁFICOS, EXPERIÊNCIAS CITADINAS E RESISTÊNCIAS AOS COLONIALISMOS


PALAVRAS-CHAVES:

Indígenas mulheres. História. Experiências citadinas. 


PÁGINAS: 204
RESUMO:

A presente pesquisa surge de um quadro teórico-político perenemente colonizador e o reescreve analiticamente por meio das ações e pensamentos das sujeitas etnopolíticas indígenas. É pelos itinerários biográficos que desfaço narrativas hegemônicas, não apenas escrevendo sobre indígenas mulheres na história, mas, conjuntamente, perseguindo suas inscrições. Tendo em vista que a relação indígena-cidade constitui tema pouco explorado nos domínios historiográficos – onde se observa resquícios das “teorias” assimilacionistas, integracionistas e aculturalistas, criando molduras estereotipadas que nega a existência indígena na urbis –, focalizo as experiências citadinas de indígenas mulheres que vivem nos arredores de Garanhuns – PE. Desta forma, para além de subverter proposições hegemônicas, intenciono analisar, contra-hegemonicamente, as dinâmicas socioculturais e políticas – em ampla acepção – instituídas pelo fazer cidade das indígenas mulheres. Trata-se de apreender as estratégias de resistência que transforma a “Suíça Pernambucana” em “aldeia”. Para tanto, estabeleço diálogos teóricos com os campos da História Indígena (ALMEIDA, 2013; ARRUTI, 1995; MONTEIRO, 2022), da História das mulheres e das relações de gênero (PERROT, 2005; RAGO, 1998; SCOTT, 1995), além de vertentes que chamarei de epistemologias feministas críticas de Abya Yala (AIMARÁ PAREDES, 2014; LUGONES, 2020; SEGATO, 2021). No que tange aos aspectos metodológicos, busquei subsídios na interface entre a micro-história de base indiciária (GINZBURG, 1989; REVEL, 1998), a história oral (ALBERTI, 2013; MEIHY, 1996) e as epistemologias críticas oriundas da produção intelectual de indígenas mulheres (SMITH, 2018) que visam descolonizar os instrumentos de pesquisa. A perspectiva de protagonismo indígena, desenvolvida pela História Indígena, bem como a noção de poder, tomada dos estudos de gênero, aliada a crítica aos colonialismos, oriunda dos feminismos de Abya Yala, foram fundamentais à análise, pois propiciaram compreender o movimento pelo qual as indígenas mulheres protagonizam suas histórias; nas cidades, não somente habitam, como, de igual modo, preenchem-na de significados. As fontes consultadas, não obstante fragmentadas, são abundantes, no escopo documental se encontra produções acadêmicas, entrevistas, cartas, textos jornalísticos, autobiografias, trabalhos literários, imagens, dados estatísticos e etc.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1992329 - MICHELLE REIS DE MACEDO
Interno(a) - 3006910 - ELIAS FERREIRA VERAS
Externo(a) à Instituição - ALESSANDRA GONZALEZ DE CARVALHO SEIXLACK - UERJ
Notícia cadastrada em: 15/01/2024 08:43
SIGAA | NTI - Núcleo de Tecnologia da Informação - (82) 3214-1015 | Copyright © 2006-2024 - UFAL - sig-app-4.srv4inst1 02/05/2024 21:25