Banca de QUALIFICAÇÃO: KEDIMO BARBOSA DA PAIXÃO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KEDIMO BARBOSA DA PAIXÃO
DATA : 29/09/2022
HORA: 19:00
LOCAL: ICHCA
TÍTULO:

"REPRIMIR VADIOS E CONTÊ-LOS NA DESREGRADA VIDA QUE LEVAM”: TRABALHO, COTIDIANO E RESISTÊNCIA DO PÓS-ABOLIÇÃO EM MACEIÓ, 1890-1910.


PALAVRAS-CHAVES:

Pós-abolição.Maceió. Trabalho.


PÁGINAS: 72
RESUMO:

Na década de 1880, Maceió estava repleta de “territórios negros”, a exemplo de regiões como a Levada e Bebedouro. A pobreza e a miséria eram grandes, a sociedade escravista, em crise, acentuava suas tendências à discriminação e a marginalização da população liberta. A abolição da escravidão não simbolizou para a população negra o acesso direto à cidadania, tiveram de implementar outras lutas, sobremaneira acerca da repressão às suas práticas religiosas e culturais, como no episódio do Quebra de Xangô, em 1912, quando uma liga civil armada invadiu terreiros em Maceió e espancou seus praticantes, e assassinou a yalorixá Tia Marcelina. Os denominados “indivíduos de cor” eram tidos como desocupados, e, em busca da sobrevivência, a maioria desses sujeitos históricos passavam seu tempo em longas conversas nas ruas, jogando, bebendo, e também mendigando. Esses homens e mulheres foram vistos pelas elites locais como “perniciosos”, “vadios”, “vagabundos” e “desordeiros”. A identidade negra na sociedade brasileira é uma temática que perpassa a própria construção histórica do país e requer considerações ordenadas acerca de tópicos como trabalho, cultura e identidade. Mas, para além de seu estudo isolado, torna-se essencial verificar como eles foram abordados pela legislação e, principalmente, como esta retroalimentou as concepções identitárias do negro na sociedade. Tal tarefa pode ser alcançada por meio do exame documental de periódicos alagoanos como O Orbe e O Gutemberg. A cidadania dada constitucionalmente ao negro não gerou a transformação imediata das relações sociais, na verdade, a igualdade formal era aparente, pois a sociedade continuou a atribuir serviços tidos como inferiores aos negros. Nosso passado escravista legou uma estrutura social e cultural que foi absorvida no Brasil do Pós-abolição. Portanto, esta comunicação visa analisar pontos essenciais para discussão em torno do negro nas relações trabalhistas e étnicas no final do século XIX e início do século XX.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1138290 - DANILO LUIZ MARQUES
Interna - 3211868 - LUANA TEIXEIRA
Externo à Instituição - WILLIAN ROBSON SOARES LUCINDO
Notícia cadastrada em: 24/08/2022 15:51
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