Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA LIDIANE SANTOS CARDOSO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA LIDIANE SANTOS CARDOSO
DATA : 30/09/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Remoto
TÍTULO:

Corpos Cativos, Mentes Libertas: o letramento dos ingênuos em Maceió (1871 -1888)


PALAVRAS-CHAVES:

Ingênuos, escolarização, letramento, lei do ventre livre, resistência.


PÁGINAS: 80
RESUMO:

Este trabalho tem por objetivo estudar a educação dos filhos das mulheres cativas denominado por ingênuos em virtude da Lei 2.040 de 28 de setembro de 1871, a Lei do Ventre Livre. A pesquisa investiga as práticas educacionais destinadas aos filhos das escravas, bem como as lutas e resistência frente às tensões operantes no contexto do século XIX, onde os agentes negros eram veementemente apontados como seres incivilizados, destituídos de almas e propícios aos vícios e aos crimes. Nesse interim, buscou-se evidenciar que mesmo numa sociedade escravista as práticas educacionais e de letramento por parte do povo negro em ambientes não oficias era evidente, desmistificando assim, ideias de que os africanos e seus descendentes eram portadores de tais males devido à falta de educação e letramento. Nesse sentido, buscou-se durante o processo de pesquisa compreender como os filhos das cativas acessaram o ambiente escolar e quais foram às instruções oferecidas à população de ingênuos.  Ao passo que analisamos a escola, também se procurou entender os debates legais que girava em torno da educação desse segmento social. Assim, podemos perceber que foi a promulgação da lei do Ventre Livre que possibilitou aos filhos das cativas o direito de acessar o estabelecimento escolar. Nesse sentido, iniciaram-se diálogos nas assembleias provinciais a respeito do tipo e modelo educacional que seriam destinadas a essas crianças. Para alcançar tais objetivos, muitos caminhos foram percorridos tentando compreender como foram às práticas educacionais e os motivos que levaram o poder público a se preocupar com a educação dessas crianças. Nessa perspectiva, podemos observar que o projeto de modernidade pensado para o Brasil não incluía a população negra, pois, eram vistos naquele período como pessoas que não carregavam consigo as civilidades mínimas necessárias para uma vida em sociedade dentro dos padrões de valorizações social. Para que os ingênuos fossem introduzidos nesse padrão de sociedade seria necessário aprender valores morais, religiosos e sociais baseados nos padrões europeus e foi a partir dessa ideia que a escolarização se apresentou como um meio capaz de sanar tais problemas enquadrando os ingênuos e a população pobre ao projeto de nação pensado para o Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3211868 - LUANA TEIXEIRA
Interno - 1138290 - DANILO LUIZ MARQUES
Interna - 1723538 - IRINEIA MARIA FRANCO DOS SANTOS
Externa à Instituição - FRANCISCA RAQUEL DA COSTA
Notícia cadastrada em: 31/08/2022 10:33
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