NAS TRAMAS DA SUCESSÃO:
Fernando Collor de Mello nas páginas do Jornal de Alagoas e da Gazeta de Alagoas (1989 – 1992)
Eleições, Fernando Collor, História Política, Jornais
O Brasil, em 1989, estava promovendo a primeira eleição direta pós-ditadura civil-militar e, nesse contexto, surgiu a candidatura de Fernando Collor de Mello, o qual era governador de Alagoas. No ano da eleição, Collor conciliou a sua pré-candidatura e ascensão nacional com a gestão no Estado, e nesse processo eram nítidas as crises na economia através do Banco Produban, que vivenciava o processo de liquidação ou reabertura causando transtorno no sistema econômico/bancário de Alagoas. Em paralelo aos problemas do Produban, Alagoas vivenciava também as crises no funcionalismo público, especificamente do servidor estadual. Sua gestão atrasava os salários dos funcionários, além de criar um pacote de medidas causando demissões em massa de vários servidores, com a justificativa de moralizar o serviço público. Fernando Collor investia cada vez mais na campanha presidencial por meio da mídia. No mesmo ano, o político ajudou na formação do PRN – Partido da Reconstrução Nacional, cuja sigla fez parte do processo eleitoral tendo Collor como seu representante. Os estudos sobre Fernando Collor estão sendo feitos com base nas bibliografias sobre o tema e análise do Jornal de Alagoas e da Gazeta de Alagoas. A problemática é compreender como os textos jornalísticos veiculados nos periódicos atuaram no desenvolvimento de distintas narrativas históricas, seja enquadrando os governos de Fernando Collor e a sua figura política como vitoriosa, ou enquanto personagem moderado e de forte influência no cenário estadual. Buscamos, assim, compreender como e quais discursos acerca deste personagem foram fomentados e constituíram-se na história recente de Alagoas. Trata-se de historicizar os posicionamentos políticos e a opinião pública alagoana a partir de diversos setores da sociedade.