Banca de DEFESA: MARIA LIDIANE SANTOS CARDOSO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA LIDIANE SANTOS CARDOSO
DATA : 29/05/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Ichca
TÍTULO:

Corpos Cativos, Mentes Libertas: o letramento dos ingênuos em Maceió (1871 -1888)


PALAVRAS-CHAVES:

Ingênuos, escolarização, letramento, lei do ventre livre, resistência.


PÁGINAS: 132
RESUMO:

O presente estudo aborda a instrução formal dos filhos livres das mulheres escravizadas libertados em virtude da Lei do Ventre Livre de 28 de setembro de 1871. Dessa forma, observa-se que século XIX foi um período marcado por constantes discussões a respeito da libertação do povo negro entre as elites e autoridades brasileiras, e a partir da década de 1871 o ponto crucial dos debates girava em torno de como se encaminharia o processo da abolição sem causar prejuízo a sociedade dominante. Nesse sentido, a elite brasileira acreditava que os oriundos do cativeiro não possuíam as habilidades necessárias para uma vida em liberdade devido aos vícios trazidos do cativeiro. Nesse sentido, para serem inseridos em sociedade primeiro era necessário passar pelo processo de disciplina e apreço ao trabalho e aos valores sociais baseados no respeito ao senhor e a sociedade dominante. De acordo com essa mentalidade só após esse processo ser concluído os negros estariam aptos a desfrutarem da vida em sociedade. Foi seguindo essa lógica que a Instrução Pública se apresentou como um mecanismo eficaz capaz de solucionar os males que os negros teriam trazido consigo da senzala, pois, a educação carregava potenciais de correção moral e capacitação para o trabalho, sendo portanto, a única forma de conduzi-los para as aprendizagens dos processos civilizatórios dominantes. Foi a partir dessa mentalidade que foi criada na província de Alagoas no ano de 1887 a Escola Central, instituição destinada a educação dos ingênuos (nome dado aos filhos livres das mulheres escravizadas após a regulamentação da Lei 2.040) e dos menores desvalidos. Dialogando com a documentação encontrada no Arquivo Público de Alagoas (APA), Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), da Biblioteca Nacional dentre outros, buscou-se compreender quais modelos educacionais foram ofertados a essa população, bem como quem eram os mestres das instruções primária e profissional e como era o funcionamento da Escola Central. Foram privilegiados neste estudo questões como: receita da instituição, debates entre o Governo Imperial e o de Alagoas, demandas que circundavam em torno do funcionamento da escola, número de funcionários, quantitativos de alunos e tudo mais que pudesse esclarecer a instrução ofertada aos ingênuos e menores desvalidos na província de Alagoas no período de 1871 a 1888.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3211868 - LUANA TEIXEIRA
Interno(a) - 1138290 - DANILO LUIZ MARQUES
Interno(a) - 1723538 - IRINEIA MARIA FRANCO DOS SANTOS
Externo(a) à Instituição - FRANCISCA RAQUEL DA COSTA
Externo(a) à Instituição - FÁBIO FRANCISCO DE ALMEIDA CASTILHO
Notícia cadastrada em: 15/05/2023 14:13
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