FESTA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO E SEUS SUJEITOS HISTÓRICOS: MEMÓRIAS E EXPERIÊNCIAS EM DELMIRO GOUVEIA, ALAGOAS (1989–2021)
Festa; Memória; Delmiro Gouveia; Sertão.
Esta pesquisa discute as memórias sobre os festejos de Nossa Senhora do Rosário, em Delmiro Gouveia, entre os anos de 1989 e 2021. Delimitação temporal iniciada com a chegada de três padres para a paróquia, com isso, uma nova divisão pastoral ocorre, sobretudo, a partir dos anos de 1994 em que são criadas as paróquias de Piranhas e Olho D’água do Casado, posteriormente em 2003, a paróquia do Distrito de Barragem Leste. Recorte estendido até 2021, quando é comemorado os setenta anos de criação da paróquia de Nossa Senhora do Rosário. Partimos do pressuposto de que ocorrem modificações na realização dos festejos e na vivência religiosa católica, com a reorganização da festa após a formação destas paróquias e a presença mais constante de um padre, com a ampliação dos festejos da santa padroeira em meio as transformações ocorridas na sociedade. O objetivo da pesquisa é a compreensão histórica dos festejos como marco da memória coletiva, observando os sentidos e práticas evocadas, a fim de refletir sobre as experiências sociais e culturais, a partir desta festa em meio as transformações ocorridas. Problematizaremos as memórias e as identidades que se estabelecem no plano espacial, geradas na participação nos festejos, a fim de compreender a formação da identidade histórica local, as devoções, práticas sociais e culturais na sociedade delmirense, refletindo sobre a ideia de pertencimento da comunidade com os festejos. Utilizamos teóricos como Maurice Halbwachs (memórias coletivas), Joel Candau (memória geradora de identidade), Michael Pollak (memória, esquecimento e silêncio), Mauro Passos. Dialogaremos com as fontes orais, ou seja, o relato e as experiências dos sujeitos, bem como, com as fontes escritas produzidas pela paróquia, memorialistas, livros de tombo das paróquias, além de fotografias.