Banca de DEFESA: BRENO ARAÚJO DE MELO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRENO ARAÚJO DE MELO
DATA : 27/10/2022
HORA: 13:30
LOCAL: Auditório do Renorbio - NPM/UFAL (Severinão Campus A. C. Simões)
TÍTULO:

Utilização da termografia infravermelha na detecção de mastite subclínica em búfalas mestiças Murrah × Jafarabadi (Bubalus bubalis)


PALAVRAS-CHAVES:

Bubalus bubalis, Contagem de Células Somáticas, California Mastitis Test, produção de leite, imagens térmicas.


PÁGINAS: 123
RESUMO:

A mastite é a inflamação da glândula mamária de origem multifatorial. É causada principalmente por bactérias e acarreta perdas econômicas para todo o setor da produção de lácteos. O controle e diagnóstico da mastite em fazendas pode ser oneroso e demorado, demandando por análises laboratoriais. O diagnóstico por imagem por termografia infravermelha (TIV) tem se tornado promissor na medicina veterinária, por ser um método não invasivo e sem necessidade de contenção animal, sendo capaz de detectar as variações térmicas corporais associadas aos processos inflamatórios, como febre e alterações fisiológicas. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a eficiência da TIV para a detecção de mastite subclínica em búfalas leiterias, fazendo-se a associação entre as imagens infravermelhas da superfície do úbere e os resultados dos testes convencionais para diagnóstico de mastite:  Contagem de células somáticas (CCS) e California mastitis test (CMT). Foram avaliados 300 quartos mamários de búfalas leiteiras mestiças (Murrah × Jafarabadi). As imagens termográficas foram obtidas das seguintes regiões do úbere: quarto posterior direito (QPD) e quarto posterior esquerdo (QPE). As imagens térmicas e as amostras de leite foram realizadas com intervalos de 60 dias entre os anos de 2021 e 2022. As amostras foram obtidas antes das ordenhas da manhã. Para a obtenção das imagens termográficas foi utilizada uma câmera termográfica modelo Flir tg165®. A câmera foi calibrada para uma emissividade de 0,98. As imagens foram coletadas com ângulo de 90° e distância de 0,50 metro. O diagnóstico da mastite subclínica foi realizado por CMT e CCS. Os resultados para CMT foram baseados escore em que: 0 = reação negativa, 1(+) = reação moderadamente positiva, 2(++) = reação positiva e 3(+++) = reação fortemente positiva. Para a CCS foram coletadas amostras de 50 mL de leite de cada quarto mamário estudado e em seguida encaminhadas à Clínica do Leite – Piracicaba/SP. Animais com valores de CCS ≤ 200.000 cel/mL foram considerados sadios, e aqueles com CCS >200.000 cel/mL receberam diagnóstico de mastite subclínica. Foram realizadas análises de Correlação de Pearson (à 5%) e Regressão linear entre a CCS, CMT e temperatura. Análises de sensibilidade e especificidade foram realizadas visando determinar a capacidade da TIV em detectar a mastite subclínica em búfalas leiteiras. Os testes CMT e CCS identificaram que dos 243 quartos mamários avaliados 61,72% (150/243) de búfalas sadias e 38,27% (93/243) com mastite subclínica. A CCS dos quartos mamários sadios variou de 9,00 a 136,00 (×103 cel/mL), enquanto que para os quartos mamários doentes variou de 201,00 a 7411,00 (×103 cel/mL). O escore 3(+++) apresentado o maior valor médio para CCS (2839,48 ×103 cel/mL). A TIVU dos escores 0; 1(+); 2(+) e 3(+++) diferiram significativamente, variando de 33,52°C a 35,8°C. O escore 3+ apresentou o maior valor médio de TIVU (34,83°C). O CMT identificou que a maior proporção dos quartos mamários avaliados foi classificada com escore 1+ (40,00%), seguido pelos escores 3+ (35,48%) e escore 2++ (24,73%). Houve correlações significativas positivas entre todos os indicadores de mastite (CCS e CMT) e TIVU. A TIVU apresentou correlações positivas com CCS (r = 0,58) e CMT (r = 0,60) (P < 0,0001). A maior correlação registrada foi entre a CCS e CMT (0,80). A relação entre TIVU e CCS foi melhor ajustada a uma equação logarítmica [TIVU, °C = 31,48+ 0,38 × ln(CCS, × 103 cel/mL); R2 = 0,34; P < 0,0001). Concluímos que a TIV pode ser uma ferramenta valiosa como método não invasivo de controle e detecção de mastite subclínica em búfalas leiteiras, contribuindo para facilitar o manejo de diagnósticos da doença nas mesmas condições de produção leiteira em estudo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347651 - ANGELINA BOSSI FRAGA
Interno - 1302950 - KARLOS ANTONIO LISBOA RIBEIRO JUNIOR
Externa ao Programa - 1121109 - TANIA MARTA CARVALHO DOS SANTOS
Externo à Instituição - JOSIEL BORGES FERREIRA
Externo à Instituição - JOÃO GOMES DA COSTA
Notícia cadastrada em: 15/10/2022 14:31
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